Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (15), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decretou o rompimento da aliança do PMDB com o PT. Para ele, a relação entre os partidos é igual à de um casamento em que o casal vive em quartos separados. “O casamento acabou”, disse Cunha.
Questionado sobre a possibilidade de uma aliança entre as duas legendas, em 2018, para a disputa presidencial, Cunha foi taxativo. “Se não é de 0% é de 0,001%”, alfinetou. “A aliança com o PT já acabou.”
Na manhã desta quarta-feira, líderes do PMDB e o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, confirmaram que o partido pretende ter candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018. Nas duas últimas eleições, o partido fez aliança com o PT e elegeu o vice-presidente. Como este site mostrou em 24 de junho, o PMDB já se articulava para anunciar candidatura à sucessão da presidenta Dilma Rousseff, movimento em que o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ) é destacado por líderes do partido.
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No entanto, Paes tem índice de reprovação popular ao seu governo próxima da metade do eleitorado. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas divulgada pelo Congresso em Foco, 42,9% cariocas desaprovam a gestão do peemedebista. Outros nomes também apresentam resistências. Cunha não tem apoio do próprio partido e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não é consenso na sigla.
O presidente da Câmara também afirmou hoje (quarta, 15) que o governo deve ser alvo de pelo menos quatro CPIs no segundo semestre. “É natural que, quando se encerre uma investigação, outra seja iniciada”, disse Cunha. O peemedebista não confirmou quais investigações serão implementadas, mas existe a expectativa de que parlamentares iniciem uma apuração sobre denúncias de irregularidade no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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