Reale Júnior, autor do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmou que o caso é “nada republicano, inadmissível” e, apesar de se enquadrar nas hipóteses de impeachment, o “Brasil não aguentaria” um novo processo de impedimento de seu presidente. “Seria melhor se ele renunciasse, um novo processo de impeachment é um processo muito doloroso, o país está no momento de início de saída da recessão”, disse. Para Reale, Temer deveria ter mandado prender Batista, e não “ter ficado em silêncio e anuído.”
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O jurista também afirmou que o Brasil não aguentaria eleições diretas no momento, e que isso seria “conturbar o país” e criaria “imensa insegurança jurídica”. “Aí é até golpe, mudar a constituição para ter eleições diretas”, disse durante a entrevista. Para ele, é necessário que o Congresso eleja uma “figura isenta” e “com experiência administrativa”. Ele cita como exemplos os senadores Álvaro Dias (PV-PR) ou Cristovam Buarque (PPS-DF) para a tarefa de assumir o país via eleições indiretas.
Ele encerrou a entrevista afirmando que seria melhor que Temer renuncie, pois “é necessário um pouco de amor por esse país, pelo amor de deus”, pedindo ainda a indicação de um nome de “grandeza e respeitabilidade” pelo Congresso.
Ouça a entrevista de Miguel Reale Júnior à rádio CBN
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