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O “centrão”, grupo de partidos pequenos e médios que apoiavam o ex-presidente Cunha e são contra a sua cassação, foi o responsável pela mudança na data da nova eleição. O representante do PMDB na reunião, Carlos Marun (MS), apoiou a antecipação da eleição. Os líderes do “centrão” representam 280 deputados e derrotaram o bloco formado por DEM, PSDB, PSB e Rede, que representavam 143 deputados e queriam mais prazo para tentar escolher um nome sem a influência de Cunha.
Depois de uma tarde inteira de impasse, a reunião do colégio de líderes terminou após a informação de que Eduardo Cunha fez um adendo ao seu recurso impetrado na Comissão de Constituição e Justiça. O novo recurso acrescenta novos argumentos ao pedido de anulação da decisão do Conselho de Ética, que definiu pela cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar ao ter mentido à CPI da Petrobras sobre suas contas não declaradas em paraísos fiscais.
O adendo ao recurso apresentado à CCJ é mais uma manobra de Cunha e seu grupo para tentar livrar o ex-presidente da Câmara da cassação. O recurso extra terá que ser analisado pelo mesmo relator do primeiro recurso, Ronaldo Fonseca (PROS-DF). O adendo foi aceito pelo presidente da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), outro aliado de Cunha. A votação dos dois recursos de Cunha foi marcada para segunda-feira.
Os deputados do DEM, PSB, PSDB no colégio de líderes queriam manter as eleições para quarta-feira, como Maranhão tinha marcado. O grupo gostaria de escolher um nome que não fosse ligado a Cunha e ao “centrão”, mas foram atropelados. “Não há tempo para que se decida sobre os recursos de Eduardo Cunha na CCJ e no mesmo dia eleger outro presidente”, protestou Júlio delgado (PSB-MG), ele mesmo candidato ao lugar de Cunha.
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