O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, minimizou a representação protocolada contra ele na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta quarta-feira (3), o ministro afirmou que a representação apresentada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) “não faz parte do rol de coisas que me preocupa”. O Congresso em Foco publicou, com exclusividade , a íntegra do documento na noite de ontem (terça, 2). O Fonacate, que reúne 29 das mais influentes entidades do funcionalismo, protocolou representação pedindo sanções contra o ministro e apuração de possível “uso imoral da máquina estatal em troca de votos”.
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O documento apresentado pelo Fórum se fundamenta nas declarações em que o ministro vinculou a liberação de recursos aos estados ao apoio à reforma da Previdência. Para o Fonacate, a atitude de Marun foi o “máximo do escárnio e uso da máquina pública de maneira totalmente inconstitucional, ilegal e contrário a qualquer resquício de ética pública”.
Na entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, o ministro negou ter condicionado a liberação de recursos para os estados à reforma. Ele minimizou a ação e afirmou ainda que “nem sabia” da existência do Fonacate. “Para proteger privilégios não falta associação, mas para trabalhar pelo Brasil são poucos. Minha resposta vai ser uma frase ‘não condicionei’”, disse o ministro.
Marun, entretanto, voltou a afirmar que espera “reciprocidade” em relação à reforma da Previdência, mas que não chantageou ninguém. “O Brasil espera reciprocidade? Esperamos. Queremos que agentes públicos sejam responsáveis”. Ele disse ainda que está focado em conquistar os votos necessários para aprovar a proposta, que ainda não tem votos para passar na Câmara. Para Marun, a tentativa de convencimento é baseada no diálogo com os agente públicos. “Penso que isso não é chantagem e por isso que eu continuo conversando. Estou aqui fazendo isso”.
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