O Novo lançou, nesta quarta-feira (3), a pré-candidatura de Luiz Felipe D’Avila à Presidência da República em 2022. O partido, que tem um prefeito (Adriano Silva, em Joinville), um governador (Romeu Zema em Minas Gerais) e oito deputados federais, teve 2,5% dos votos em 2018, quando João Amoedo era a cabeça da chapa.
A cerimônia, realizada em Brasília, contou com a presença da bancada do partido, além de representantes estaduais da sigla. Entre eles, o pré-candidato do partido ao governo de São Paulo, Vinicius Poit (SP).
Cientista político e fundador do CLP (Centro de Liderança Pública), Felipe D’Avila teve formação em colégios e universidades nos Estados Unidos e na Europa, além de ter carreira como editor de revistas. Ele fez um discurso contra o que chamou de “populismos de esquerda e direita” – o primeiro, disse em seu discurso, “arruinou a moral e a ética do país”, enquanto o segundo “piorou ainda mais a situação, incluindo a incompetência na administração pública e a indignidade de ocupar a Presidência da República”.
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O pré-candidato de 58 anos defendeu a linha-mestra do partido de maior participação do mercado no governo, prometendo privatizar a Petrobras no primeiro dia de governo – mesmo com a necessária aprovação do Congresso Nacional. “O Congresso saberá das nossas propostas no primeiro dia de governo”, disse. “O Congresso é sim, tocado, mas ele não avança nas reformas porque não há lideranças do governo.”
Ainda durante sua apresentação, o pré-candidato mandou mensagens conflitantes – ao mesmo tempo em que disse que sua candidatura estará aberta ao diálogo, sua investida “não conversa com pilantras”. Aos jornalistas, D’Avila argumentou que o diálogo deve abarcar principalmente os candidatos da terceira via – e Sergio Moro, que deve se filiar ao Podemos na próxima semana, foi o único citado nominalmente. Lula e Bolsonaro estariam fora dos radares, segundo Felipe D’Avila, por representarem o “patrimonialismo, clientelismo e corporativismo”, que ele apresentou como o “PCC” que afeta o país.
A reunião ocorre em um momento de recomposição do partido, que foi acusado de “falta de união” por Amoedo, que ajudou a fundar o partido. Sobre o tema, D’Avila buscou demonstrar que a legenda está coesa. “Nosso partido já está unido”, defendeu o candidato. “Porque se queremos unir o país, temos que começar com o exemplo de casa, e foi isso o que fizemos nas últimas três semanas. Estamos unidos e comprometidos que, neste momento, o Novo não vai faltar com sua responsabilidade de resgatar a democracia da lama que se encontra hoje.”
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