Os parlamentares acreditam que a CPI produz impacto na sociedade mais do que confiam na qualidade da atuação dos senadores que a compõem. Ou seja, a CPI é um fato político forte o suficiente por si só. E os resultados até aqui são avaliados como bastante desfavoráveis ao governo.
Com relação à reforma tributária, a estratégia do presidente da Câmara dos Deputados de abortar as possibilidades de reforma tributária ampla (PEC 45/2019; PEC 110/2019 e o relatório da Comissão Mista Câmara/Senado) agradou aos parlamentares. Já no tocante à reforma administrativa, o fato de Arthur Lira a anunciar como prioridade não parece ter sido suficiente para manter seu nível de aprovação entre os parlamentares.
No caso da reforma tributária, o aumento na concordância teve como contrapartida uma redução na percepção de chances de aprovação. A reforma administrativa caiu em termos de concordância, mas aumentou em termos de chances de aprovação.
Em que se pese a má avaliação geral do governo, ela se mantém relativamente estável e houve diversas áreas em que a percepção dos parlamentares melhorou, ainda que ligeiramente.
O presidente da República é mais mal avaliado do que todas as outras autoridades, inclusive seus próprios ministros (a exceção seria Ricardo Salles, exonerado durante o período de coleta de dados). Apenas seis autoridades são avaliadas acima da média (3): três ministros (Tarcísio Gomes, Tereza Cristina e Rogério Marinho) e três de outros poderes: Arthur Lira, Luiz Fux e Rodrigo Pacheco.
O Presidente do Senado é a autoridade mais bem avaliada, na percepção dos parlamentares.
No âmbito da reforma política os parlamentares preferem o sistema distrital misto ao distritão. O voto impresso tem baixa adesão, assim como a flexibilização da cláusula de desempenho. O distritão, o voto impresso e a flexibilização da cláusula de desempenho são itens que contaram com uma aprovação pessoal (nível de concordância) menor do que a percepção de chances de aprovação.
PublicidadePara os membros do Congresso Nacional, o combate à pandemia da covid-19 segue sendo a grande prioridade.