Com relação às perspectivas econômicas, apesar de terem uma percepção mista, percebe-se um viés otimista entre os parlamentares. Cerca de dois terços das lideranças consideram que ficarão iguais ou melhores nos próximos 12 meses a criação de emprego e renda (62,9%), a confiança do mercado (70%) e o desenvolvimento econômico (65,8%).
Quanto à avaliação de desempenho dos ministérios, não se viu entre os congressistas a diminuição – percebida na mídia – da divisão entre áreas técnicas e áreas ideológicas. Na percepção dos parlamentares, essa percepção permanece, com as áreas ideológicas sendo sistematicamente mais mal avaliadas do que as áreas técnicas.
Questionados a respeito das grandes propostas de mudança legislativa sobre a mesa, os líderes não atribuem a nenhuma delas grandes chances de aprovação em 2020. Na escala de 1 a 5, a percepção das possibilidades de aprovar a reforma tributária ainda neste ano tem média de 2,58, enquanto para a reforma administrativa ela não passa de 2,38. Consideram, porém, essas reformas necessárias: médias de 3,97 e 3,30, respectivamente.
A criação de um novo tributo sobre a economia digital parece ter mais aceitação nas casas legislativas do que transparece na mídia. A ideia conta com a concordância de 41,8% dos parlamentares entrevistados e 52,9% julgam sua aprovação provável.
A presente legislatura se mostra “pró-mercado” – a maioria dos parlamentares manifestou como preferência pessoal versões mais próximas do Estado mínimo. Entretanto, a ampla maioria dos parlamentares ouvidos considera a estabilidade dos servidores públicos um fator importante para a gestão pública nacional.