Há três anos, o Brasil e os 192 países Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram a Agenda 2030 e aderiram aos seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS, ou SDG, na sigla em inglês).
O mundo se mobilizou, em 25 de setembro, em torno da campanha #Act4SDGs #NãoDeixeNinguémParaTrás. A campanha focou na ONU, em governos locais e nacionais, mídia, grupos da sociedade civil, cidadãs e cidadãos, chamando a atenção para a urgência de implementar os compromissos assumidos. No Brasil, o apelo desta data ganhou contornos urgentes e dramáticos às vésperas das eleições 2018.
Diante de um contexto preocupante de ameaças à democracia, à Constituição cidadã e frente aos rumos adotados pelo país, contrário aos ODS, essa eleição será um demarcador de águas: a depender dela poderemos avançar ou não para diminuir os abismos sociais entre ricos e pobres.
Esse é um momento para dizer um grande não à exclusão histórica baseada em raças, etnias, identidade de gênero e orientação sexual. Não aos ataques às Unidades de Conservação e à legislação ambiental, não aos cortes orçamentários nos programas de educação, saúde, promoção da igualdade de gênero. Precisamos dizer sim, à tributação progressiva, ao fortalecimento dos espaços de controle social, ao fim de subsídios às indústrias poluentes, precisamos abraçar a ideia de um país mais justo e equitativo para todas as pessoas.
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Esta eleição é um convite a mudar o país. Mudar nossos índices de violência e desigualdades, que seguem entre os maiores do mundo. Precisamos exigir que as lideranças políticas progressistas produzam convergências, precisamos alimentar a sociedade civil com fatos, não com fake news e, definitivamente, temos que parar o desmonte dos principais mecanismos de proteção social e ambiental, conquistados ao longo de décadas.
Este é um momento político importantíssimo para questionar a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), extremamente danosa aos interesses e direitos de trabalhadores e trabalhadoras já penalizados, para reverter a Lei da Terceirização, para mudar a política fiscal adotada que, nos últimos três anos, atingiu gravemente a receita e alongou a recessão iniciada anos antes. Os investimentos públicos secaram e os esperados investimentos privados pouco apareceram. Precisamos mudar o curso do Brasil. E como fazer isso? .
PublicidadeO Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030 (GT SCAgenda 2030) convida você a conhecer as recomendações do Relatório Luz 2018, que analisa a implementação dos ODS no Brasil e prova como as decisões políticas e econômicas nos últimos três anos são incoerentes com a Agenda 2030. Mas, principalmente, o RL 2018 mostra que há soluções viáveis.
Enfrentar a pobreza no Brasil passa, obrigatoriamente, por enfrentar as desigualdades – raciais e étnicas, econômicas, de gênero e regionais, entre outras. Implica em retomar os programas sociais e fortalecer as iniciativas de transferência de renda. Exige revogar a Emenda Constitucional 95 – que limita o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos –, reformar a legislação tributária, introduzindo mecanismos de tributação progressiva, construir alternativas para educar verdadeiramente sua população, inclusive sob o ponto de vista ambiental, investir suficientemente nas indústrias nacionais, em pesquisa e desenvolvimento, cultura e reverter o quadro de desemprego, que em 2017 bateu a marca de 12,7%, impactando muito a população negra, jovens e mulheres.
Nós esperamos que estas eleições marquem a opção de brasileiros e brasileiras por barrar desigualdades econômicas e sociais.
Por isso, passado o dia 25 de setembro, não vamos comemorar no Brasil a adoção da Agenda 2030. Tem gente demais ficando para trás em nosso país, e nossa situação é grave. Vamos protestar contra os desmandos e trazer para o centro do debate a disputa sobre as ações possíveis para colocar o Brasil no trilho do desenvolvimento sustentável.
Para isso, a definição sobre em quem você vai votar será fundamental e fará toda a diferença. A sua responsabilidade desse voto é imensa: #NãoDeixeNinguémParaTrás
Mais um texto esquerdista Congresso em Foco? Resolveram virar Diário do Centro do Mundo, Tijolaço ou outro blog sujo petista desse naipe?
Reverter a reforma trabalhista que acabou com a mamata indecente do imposto sindical? Que modernizou nossas relações de trabalho sem extinguir nenhum direito? Não, obrigado. O tempo da velha política esquerdista acabou. Vamos eleger Bolsonaro para evitar o caos bolivariano, representado por Haddad com seus 32 processos nas costas.