Hoje vamos falar de drinques e de alguns aperitivos clássicos da mixologia, a arte de preparar coquetéis que nos fazem comemorar, sempre com muito charme. É interessante como as bebidas e algumas misturas geniais entram e saem da “moda etílica” e vão sendo substituídas por diferentes estilos e tendências.
Algumas dessas criações em taças são como um colar de pérolas, tornando-se também um gosto atemporal nos bares. Outras vão ficando “datadas” e associadas à uma época, a um “way of life”, ou partem definitivamente para o esquecimento do nosso paladar.
Com perdão do clichê, vamos recordar aqui o que seriam “drinques cinematográficos”? Quem não lembra de Casablanca, com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman suspirando um amor proibido com coquetéis à base de champanhe? (“Play it again, Sam”, pedia o Rick para o pianista tocar de novo “As time goes by”).
Segundo a história de drinques e aperitivos mais famosos, foi Clark Gable que imortalizou o Dry Martini, em 1935, no filme “After Office Hours”. Há muitas outras lendas sobre bebidas e coquetéis apreciados, também associados a galãs do cinema americano, a cidades da Europa e a personalidades do jet set.
O Bellini, o coquetel feito à base de suco de pêssego e champanhe brilha desde o início dos anos 40, quando foi criado em Veneza. O autor do drinque é Giuseppe Cipriani, do Harry´s Bar, que teria se inspirado nas cores dos quadros do artista renascentista Giovanni Bellini.
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Essas lembranças e informações sobre a origem de drinques e bebidinhas que sempre nos acompanham nos bons momentos são para falar de uma que está muito em moda por aqui e em várias outras cidades. É o Aperol Spritz, versão famosa de uma das misturas possíveis feitas com o licor aperitivo italiano feito de raízes.
A receita do Aperol Spritz é tão simples como deliciosa: em uma taça com gelo e uma fatia de laranja coloque 3 partes de prosecco (pode ser espumante), 2 partes de Aperol e uma parte de água com gás. “Voilá” seu drinque colorido e refrescante, além de muito, muito charmoso! Há muitas outras misturas possíveis e tentadoras, que costumam levar o nome do barman-criador. Tenho certeza de que todas merecem ser provadas em qualquer estação do ano.
Eu poderia falar de tantas outras delícias líquidas que se tornaram clássicos e símbolo do “savoir vivre”. Há o Mojito, feito à base de rum, o coquetel preferido do escritor Ernest Hemingway. É um mix de rum, suco de limão, açúcar, folhas de hortelã e soda. E também a conhecida Marguerita, feita com tequila, acrescida de Cointreau e suco de limão e servida com uma franja de sal. Sua origem tem muitas versões, algumas lendárias. Seria a homenagem de um bartender ao nome da senhorita que o inspirou. Se não é a história verdadeira, é muito romântica! “Tim-tim!”
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