Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) protocolaram nesta quarta-feira (24) um abaixo-assinado com 220 mil assinaturas pedindo “diretas já”. A expressão é usada por manifestantes que demandam a realização antecipada de eleições diretas para presidente. Os estudantes, acompanhados de parlamentares da oposição do governo, foram recebidos pessoalmente pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Frente às graves denúncias reveladas pelas delações dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos da JBS, contra o presidente Michel Temer (PMDB), as entidades afirmam que não há condições para que Temer permaneça no poder. Nesse sentido, os estudantes querem a renúncia ou impedimento do presidente e pedem a substituição de Temer por meio de eleições diretas. “Apenas devolvendo o voto popular e o poder ao povo podemos retomar o curso do país e enterrar o pacote de retrocessos promovidos por Michel Temer e seus aliados políticos”, diz a UNE em seu site.
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Desde que assumiu o governo, Temer enfrenta a pior crise de sua gestão. Os empresários da JBS entregaram à Procuradoria-Geral da República, como parte do acordo de delação, uma gravação de diálogo em que o presidente os incentiva a pagar mesada para comprar o silêncio do ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Além disso, o presidente avaliza uma série de ilícitos cometidos por Joesley durante a conversa. Com base nos depoimentos, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito contra Temer por obstrução à Justiça, corrupção e organização criminosa.
Na tarde de hoje (quarta-feira, 24), representantes de diversos movimentos sociais e sindicais estão em Brasília para protestar contra as reformas da Previdência e trabalhista e pedir a saída imediata do presidente Michel Temer. Grupos vindos de várias partes do país se dirigem ao Congresso Nacional, onde já ocupam os gramados. Parlamentares oposicionistas também já afirmaram que se juntarão ao ato contra o presidente.
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