O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) absolveu apenas 5 dos 77 condenados pelo juiz federal Sérgio Moro em quase quatro anos da Operação Lava Jato, informa O Estado de S. Paulo. A corte de segunda instância vai analisar o primeiro recurso do ex-presidente Lula contra a condenação à pena de 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP) – punição essa imposta por Moro.
O índice de absolvição na 8ª Turma Criminal do TRF-4, ao analisar recursos contra o juiz da Lava Jato, é de 6,5%. Mesmo com as reformas das decisões, 93,5% dos condenados não conseguiram escapar da pena de prisão.
Leia também
Integrante da força-tarefa da operação, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima avalia que os números mostram a coesão entre primeira e segunda instâncias. “O mais relevante é o grau de sucesso das acusações. Como o TRF-4 é o último grau de avaliação probatória, podemos dizer que o convencimento das provas levantadas nas acusações é superior a 90%”, afirmou Carlos Fernando ao Estadão.
<< Saiba como será o julgamento de Lula em Porto Alegre
<< Lula será candidato mesmo condenado, diz líder do PT; bancada vai em peso a Porto Alegre
Segundo a reportagem, 98 decisões de Moro – um condenado pode ter mais de uma sentença – foram analisadas pelo TRF-4 em 23 recursos. Foram absolvidos o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto (duas vezes), os executivos da empreiteira OAS Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Fernando Augusto Stremel Andrade, o operador André Catão de Miranda e também Maria Dirce Penasso, mãe da operadora Nelma Kodama.
Embora tenha sido inocentando em duas ações pelo tribunal regional federal, Vaccari teve a pena aumentada para 24 anos na terceira. Ao reformar a decisão de Moro nos dois processos do ex-tesoureiro petista, os desembargadores manifestaram que “a existência exclusiva de depoimentos” de delatores não era capaz “de subsidiar a condenação”.
<< Veja a reportagem do Estadão
Tudo indica então que os brasileiros poderão sorrir aliviados na próxima quarta.
Não adianta prender o Chefão e deixar os seus eleitores soltos porque eles elegerão outro criminoso que os represente. Foi assim com a Jumenta Criminosa e assim será com qualquer outro do time, como o pior prefeito de São Paulo, por exemplo.
O óbvio é condenarem um já condenado, mas em se tratando de julgaments políticos um eventual jeitinho brasileiro é possível..Infelizmente..