“Um site que age como cão de guarda” na cobertura dos fatos políticos brasileiros, na defesa do interesse público. Assim o Congresso em Foco foi classificado na edição desta semana da revista inglesa The Economist. É a segunda vez que a revista,ao fazer reportagem referente a questões relativas à corrupção no Brasil, cita o site como referência de combate às irregularidades e aos desvios na gestão pública. A primeira citação, no ano passado, foi em matéria sobre a Lei da Ficha Limpa.
Desta vez, a reportagem refere-se à “faxina ética” da presidenta Dilma Rousseff. Com o título “Dilma tenta drenar o pântano”, a revista fala das demissões dos ex-ministros da Casa Civil Antônio Palocci, dos Transportes Alfredo Nascimento e da Agricultura Wagner Rossi e das prisões no Ministério do Turismo depois de denúncias de corrupção. Segundo a revista, a disposição de Dilma de “limpar a política” envolve um risco: pode criar uma indisposição na relação da presidenta com a base política, que acabe por impedir que ela consiga a aprovação das reformas necessárias para o país.
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“Ela chegou ao Palácio do Planalto com a reputação de gestora competente, mas que nunca tinha passado por cargo eletivo. Depois de quase oito meses de mandato, Dilma Rousseff foi dragada pelo pântano político que é Brasília”, diz The Economist. Segundo a revista, “ela reagiu de maneira firme contra escândalos de corrupção”, mas “ganhou como recompensa sinais de motim na base aliada”.
Para avaliar a situação, a revista ouviu o diretor do Congresso em Foco, Sylvio Costa. “Ela está tentando enviar uma mensagem para os políticos: eles podem jogar o antigo jogo, mas com novos limites”. Seria, enfim, uma tentativa de fazer a “faxina”, bem vista por eleitores da classe-média, mas mantendo as boas relações com base que lhe permita conduzir o país mantendo a inflação sob controle e evitando a crise econômica mundial.
Embora a avalição de The Economist não difira muito do que tem sido escrito nos jornais e revistas brasileiros, Dilma reagiu à reportagem da revista inglesa. “As revistas estrangeiras não entendem muito os usos e costumes políticos do Brasil. A revista não percebe que a minha base de sustentação não concorda com malfeitos, e eu não vejo nenhum motivo para isso acontecer, de ter maiores problemas no Congresso”, disse ela. A presidenta doura a pílula. Na dúvida, leia no Congresso em Foco:
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