As investigações apontam que o presidente recebeu, por meio do coronel João Baptista de Lima Fillho, ao menos R$ 2 milhões de propina em 2014. Segundo a Folha, naquele ano, quando Temer foi reeleito vice-presidente, duas reformas foram feitas, em valores semelhantes, em propriedades de familiares do emedebista, da filha Maristela Temer e da sogra, Norma Tedeschi. A Polícia Federal pediu a prorrogação das investigações por mais 60 dias.
Leia também
Um dos fornecedores da reforma de Maristela afirmou ter recebido em dinheiro vivo pagamentos pelos produtos, todos das mãos de Maria Rita Fratezi, mulher do coronel Lima. O dinheiro das obras saiu, segundo investigadores, da JBS e de uma empresa contratada pela Engevix. Executivos da JBS afirmaram em delação que repassaram R$ 1 milhão a Temer, com intermediação do coronel, em setembro de 2014.
Um dos sócios da Engevix, em proposta de colaboração, disse ter sido procurado pelo coronel Lima com um pedido de R$ 1 milhão para a campanha do emedebista, também em 2014. O coronel é suspeito de ser operador de Temer, por aparecer em casos diferentes que beneficiariam o presidente.
“Eu já entreguei dinheiro demais para o coronel lá. Nunca deu problema”, afirmou Ricardo Saud, delator da JBS, como consta na decisão de abertura do inquérito. Em seguida, Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Temer, respondeu: “Esse é o problema… o coronel não pode mais”.
De acordo com a Folha, os investigadores tentam aprofundar a conexão entre os serviços prestados aos familiares de Temer e concluir a análise de material apreendido com alvos da operação Skala, deflagrada no fim de março.
Deixe um comentário