O deputado Pedro Fernandes (PDT-MA) não deve mais assumir o Ministério do Trabalho, cargo vago desde a saída de Ronaldo Nogueira (PTB), em 27 de dezembro. O deputado afirmou, na tarde desta terça-feira (2), que seu nome foi vetado pelo ex-presidente José Sarney, que comanda o MDB no estado. Entretanto, Sarney nega que tenha vetado ou sequer ter sido consultado sobre o nome indicado pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, à pasta.
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Pedro Fernandes havia afirmado que o convite foi feito no mesmo dia em que Nogueira pediu demissão (27) pelo líder do partido, Jovair Arantes (GO), por telefone, enquanto estava reunido com Temer, após a saída do também petebista Ronaldo Nogueira da pasta. Sua posse era prevista para a próxima quinta-feira (4). O ex-ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, também é deputado pelo PTB e pediu demissão para concorrer nas eleições do ano que vem. O presidente Temer (MDB), então, pediu que Roberto Jefferson indicasse outra pessoa ao cargo. O Planalto ainda não se manifestou sobre o comando da pasta.
Entretanto, a indicação de Fernandes poderia fortalecer politicamente adversários da família Sarney no estado. Pedro Fernandes é pai de Pedro Lucas, secretário da Agência Metropolitana do governo de Fávio Dino (PCdoB). O deputado deve abrir mão de concorrer à reeleição em favor do filho. Ao blog do jornalista Gerson Camarotti, no G1, Sarney afirmou que o deputado quer “arrumar uma desculpa” e colocar a responsabilidade no suposto veto de Saney para não assumir a pasta. “Se, no passado, não vetei Flávio Dino para a Embratur, não faria isso para alguém que foi nosso amigo”. Fernandes foi secretário da ex-governadora Roseanna Sarney (MDB), mas hoje faz parte da base de sustentação do governo de Flávio Dino.
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