Em dezembro, Teori Zavascki manteve a prisão de Delcídio ao negar o pedido de relaxamento feito pela defesa do senador. Em seu parecer à época, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que, posto em liberdade, o parlamentar continuaria na linha do crime. “Certamente assim continuará, já deixou bem claro seu modo de atuação”, afirmou o procurador, que também alertou para a “ganância [do senador] em ter recursos desviados dos cofres públicos para interesses exclusivamente privados”.
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Teori Zavascki, na ocasião, aceitou a argumentação de Janot. “Nesse contexto não há motivo suficiente a alterar os fundamentos do decreto prisional ou apto a justificar a revogação da prisão decretada em 24 de novembro de 2015. Ao contrário, foram encontradas na posse do chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral anotações que corroboram os indícios probatórios já existentes, assim como estavam em seu poder cópias das colaborações premiadas de Fernando Falcão Soares e Nestor Cerveró, cobertas por sigilo legal”, concluiu o ministro, em dezembro, ao indeferir o requerimento de revogação da prisão provisória do petista.
Acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, Delcídio do Amaral completaria, no próximo dia 25, três meses de prisão. Em conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, Delcídio e o advogado Edson Ribeiro ofereceram um plano de fuga e uma mesada de R$ 50 mil para a família do ex-diretor da estatal. O banqueiro André Esteves, que chegou a ser preso mas foi solto dias depois, é apontado como o financiador da operação. O grupo é acusado de tentar comprar o silêncio do ex-dirigente, que está preso em Curitiba e já foi condenado pela Justiça Federal por corrupção.
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