O juiz federal Marcelo Bretas aceitou a mais nova denúncia do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) contra o ex-governador Sérgio Cabral. Este é o sexto processo do peemedebista no âmbito da Operação Lava Jato. A força-tarefa aponta ao político 25 crimes de evasão de divisas, 30 de lavagem de dinheiro e nove de corrupção passiva.
Além dele, também viraram réus: Wilson Carlos, Carlos Miranda, Sérgio Castro de Oliveira (Serjão/Big), Vinícius Claret (Juca Bala), Claudio de Souza (“Tony/Peter”). A denúncia é resultado da Operação Eficiência e Hic et Ubique, realizadas no âmbito das investigações da Lava Jato no Rio de Janeiro. Segundo a força-tarefa, o esquema movimentou US$ 100 milhões no exterior. Cabral é apontado como o líder da organização criminosa.
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O ex-governador foi preso em 17 de novembro do ano passado pela Operação Calicute, que investigou o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, Cabral chefiava um esquema de corrupção que cobrou propina de construtoras, lavou dinheiro e fraudou licitações em grandes obras no estado realizadas com recursos federais.
Segundo o MPF, as investigações comprovaram que Sérgio Cabral comandava a organização criminosa. Os colaboradores do governador, por sua vez, promoveram, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisa para o exterior, através de operações “dólar-cabo”.
Ao todo, a força-tarefa afirma que foram movimentados e guardados fora do Brasil R$ 39 milhões, além de US$ 100 milhões depositados em dinheiro em contas no exterior; 1,2 milhão de euros e US$ 1 milhão ocultados sob a forma de diamantes, guardados em cofre no exterior, e US$ 247, 9 mil ocultados sob a forma de 4,5 quilos de ouro, guardados em cofre no exterior. O total ocultado fora do Brasil corresponde a R$ 318,5 milhões.
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