O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), autorizou ontem (16/11) a realização de novo concurso público para a Casa. Serão oferecidas 246 vagas imediatas, 66 a mais do que o previsto inicialmente. Serão contemplados os cargos de analista (133), técnico (104) e consultor (9) – veja lista completa por área aqui. A publicação do edital ainda não tem data definida, pois a reestruturação da carreira ainda não foi finalizada. O trâmite não deve terminar este ano. Portanto, o esperado processo seletivo ficará mesmo para início do próximo ano.
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Com o ato do presidente (veja íntegra aqui) ficou definida a comissão de servidores responsáveis pela seleção dos novos funcionários. O próximo passo será a contratação da empresa responsável pela organização do concurso público. Durante o período de validade do concurso, mais servidores devem ser chamados, uma vez que a Casa contabiliza muitas aposentadorias – 400 somente este ano e mais 1.057 até 2015 -, o que deve aumentar o número de aprovados que serão aproveitados para repor as vacâncias. O Senado fechou o mês de agosto com 881 cargos vagos efetivos.
Além de um aproveitamento significativo de aprovados, os salários são um grande atrativo para a Casa legislativa. Os vencimentos básicos nem são tão altos, variam de R$ 3.168,04 a R$ 6.411,08. Porém, há várias gratificações que aumentam o valor: de atividade legislativa, de representação e de desempenho. Somados, esses penduricalhos fazem a conta fechar nas alturas. Os aprovados para os cargos de consultor e advogado podem receber mensalmente até R$ 25.003,21. Já os analistas legislativos têm salários que chegam a R$ 20.900,13. E o teto dos técnicos legislativos atinge o valor de R$ 16.563,02 (veja tabela completa aqui).
Seleção anterior
O último concurso do Senado teve edital publicado em 2008 (veja detalhes aqui). Na época foram oferecidas oito vagas para consultor, duas para advogado, 79 para analistas em diversas áreas e 59 para técnicos. A organizadora, que foi bastante criticada, foi a Fundação Getúlio Vargas, cotada para ser responsável pela próxima seleção.
O concurso recebeu 42.970 inscrições (lista completa de concorrência). Na época, o cargo mais concorrido foi o de técnico na área policial legislativo federal: 2.393 candidatos disputaram os dois postos oferecidos, uma demanda de 1.196,5 concorrentes por vagas. Depois, veio o de técnico legislativo da área administrativa: eram 10 vagas para 10.437 inscritos. Entre os graduados, o cargo mais desejado foi o de advogado com 3.602 adesões, 8,38% das inscrições. Como só estavam disponíveis duas vagas, a concorrência foi de 450,25 por vaga, muito superior aos vestibulares mais disputados do país.
Os candidatos que buscavam os cargos de nível superior foram avaliados com 80 questões objetivas e provas discursivas, de acordo com o cargo. Já os inscritos para técnicos responderam a 70 questões, além da redação.
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