O ato integra a Semana de Mobilização pela Reforma Política Democrática, a evento realizado entre os dias 20 e 29 deste mês. A coalizão é formada por 103 das principais entidades de classe e diversos movimentos sociais brasileiros. Estão entre eles a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE); a Central Única dos Trabalhadores (CUT); a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag); o instituto A Voz do Cidadão; a Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB); a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB); a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); o grupo Educafro (Educação para Afrodescendentes e Carentes) e a Via Campesina (veja a relação completa).
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Com manifesto, cartilha e conteúdo do projeto a ser encaminhado ao Congresso, material colocado à disposição na internet (veja aqui), o grupo pretende chegar a uma “proposta de representação política mais identificada com a maior parte da sociedade”. São quatro os principais pontos do movimento: além da já mencionada proibição do financiamento empresarial, a realização de eleições proporcionais em dois turnos; a paridade de gênero na lista pré-ordenada; e o fortalecimento dos mecanismos da chamada “democracia direta”, com mais participação dos cidadãos nas importantes decisões nacionais. O objetivo do movimento é alcançar 1,5 milhão de assinaturas, número exigido por lei para viabilizar a proposta de reforma popular.
Enumerando alguns dos diversos problemas sociais contemporâneos, o movimento instiga a reflexão sobre suas principais causas, colocando o Congresso em xeque. “Por que tais problemas nunca são resolvidos? Porque a solução deles depende da aprovação de muitas reformas como a reforma urbana, a reforma agrária, a reforma tributária e a reforma política. […] Mas o Congresso impede que tais reformas sejam aprovadas. Isto porque parte dele representa os interesses de uma pequena parte da sociedade que financia as campanhas eleitorais, ou seja, de algumas poucas empresas. Assim, as necessidades da maior parte da população nunca são atendidas de verdade”, diz o portal da Coalizão.
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