O senador fluminense Romário (PSB-RJ) satirizou reportagem da revista Veja em que a publicação diz que o ex-jogador de futebol possui conta milionária no exterior. Segundo Veja, Romário tem uma conta bancária no banco suíço BSI, com 2,1 milhões de francos em caixa, o equivalente a R$ 7,5 milhões. A reportagem afirma que a “pequena fortuna” não foi declarada à Justiça Eleitoral.
“Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia. Assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal”, disse ele em sua conta pessoal do Facebook.
O senador diz estar torcendo para que a informação de Veja seja verdadeira. Ironicamente, ele falou que provavelmente o dinheiro é fruto de rendimentos de remunerações do tempo em jogou em clubes de futebol fora do Brasil. “Estou me sentindo um ganhador da MegaSena, só que do meu próprio honesto e suado dinheiro”, afirmou.
A matéria de Veja diz que a aplicação foi feita em 2013. A afirmação é questionada pelo ex-jogador: “O que há de estranho nisso é a informação da revista de que a aplicação seria de 2013. Certeza que eu não fiz nenhuma aplicação no período recente. Também não recebi nenhuma notificação do Ministério Público a respeito. Mas como se trata da revista Veja, se a informação estiver errada, não será uma surpresa”.
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Confira íntegra da manifestação de Romário:
“Galera, bom dia.
PublicidadeNa quinta-feira, fui informado por um repórter da Veja que eu tinha uma conta na Suíça com o saldo de alguns milhões. A matéria saiu na edição impressa da revista. Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia, assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal.
Espero que seja verdade, como trabalhei em muitos clubes fora do Brasil, é possível que tenha sobrado algum rendimento que chegou a essa quantia. Estou me sentindo um ganhador da Mega Sena, só que do meu próprio honesto e suado dinheiro.
O que há de estranho nisso é a informação da revista de que a aplicação seria de 2013. Certeza que eu não fiz nenhuma aplicação no período recente. Também não recebi nenhuma notificação do Ministério Público a respeito. Mas como se trata da revista Veja, se a informação estiver errada, não será uma surpresa. Essa mesma matéria diz, por exemplo, que eu desfilo de Ferrari pelas ruas do Rio, algo impossível já que o carro já não se encontra na cidade há alguns anos. A saber, o veículo foi comprado em 2004. O repórter diz ainda que eu teria negociado com meu partido, o PSB, o pagamento do aluguel da casa onde moro no Lago Sul, como uma forma de compensar minha refiliação a legenda. Essas e outras mentiras costuram o enredo de uma farsa. Coisa que a revista tem expertise em fazer.
Se vocês lerem a matéria, perceberão que não há uma fonte sequer identificada de acusações contra mim. Vale informar que durante as eleições do ano passado, essa mesma cretina revista tentou publicar essa matéria contra mim, com claras motivações políticas. A matéria não saiu, na época, por falta de consistência. Não é de suspeitar que uma semana depois de eu despontar com alto índice de intenções de votos para a prefeitura do Rio, a publicação tenha sido resgatada com este fato novo da conta na Suíça. Difícil é esperar credibilidade de uma revista como essa, que vende capa.
Espero que, pelo menos, a conta seja verdade. Porque dinheiro honesto, ganho com muito suor, não faz mal a ninguém. Bom lembrar que problemas financeiros todo mundo tem e os meus sempre foram com recursos privados, nunca nada com R$ 1 de dinheiro público.
Ademais, podem atacar, mas eu continuarei presidente da CPI do Futebol e imbuído de vontade de moralizar o futebol brasileiro.
Sobre o meu futuro político, nada vai tirar meu foco!
Aos meus concorrentes, minhas pretenções se fortalecem com matérias como essas.
Aos repórteres que assinam mentiras, nos vemos na justiça.”