Logo depois do anúncio formal de apoio em Luiz Henrique, o senador João Capiberibe (AP) informou que Romário pediu a liberação devido a compromissos firmados com sua coligação no Rio de Janeiro. Reunido em seu gabinete em Brasília com a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), Capiberibe admitiu que, uma vez que há apenas dois nomes na disputa, Romário deveria votar em Renan. Ao não ser que se abstenha do voto.
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Ao justificar a formalização do apoio do PSB, Capiberibe lembrou que Luiz Henrique se comprometeu com as demandas apresentadas pelo partido para o próximo presidente do Senado, entre elas o apoio à reforma política e ao debate do pacto federativo. O senador catarinense chegou a assinar documento do PSB em que tais pedidos são descritos (foto ao lado). Disse também que o partido tem a tradição de respeitar o critério de proporcionalidade na indicação para o comando da Casa, o que caberia ao PMDB (19 representantes).
Além disso, disse Capiberibe, que será o próximo líder do PSB no Senado, há uma questão mais específica contra Renan. “Há uma queixa generalizada de diversos senadores há respeito da hegemonia exercida há décadas pelo grupo de Renan Calheiros no Senado”, argumentou o senador do Amapá, acrescentando que Luiz Henrique se comprometeu a democratizar a distribuição de relatorias, majoritariamente destinadas a membros da base.Apoiado pela oposição e por dissidentes governistas, o catarinense corre por fora e ameaça o favoritismo de Renan, que teme defecções na base aliada. Segundo Capiberibe, em contabilidade própria, Luiz Henrique terá 44 votos, três a mais do que o necessário para ser eleito presidente do Senado: 11 do PSDB; seis do PDT; cinco do PSB e do DEM; quatro do PMDB, do PT e do PP; dois do PTB; e um do PPS, do PR e do Psol.
O PSB terá a seguinte bancada nesta nova legislatura: além de Capiberibe, Lídice e Romário, o partido contará com Antonio Carlos Valadares (SE), Fernando Coelho (PSB-PE) e Roberto Rocha (MA).
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