Durante o seu tempo de fala na reunião desta sexta-feira (29) na comissão do impeachment, Lindbergh atacou diretamente o relator do processo de admissibilidade das denúncias, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), e fez menção a decisões do tucano como governador de Minas Gerais. “Vossa Excelência quer cassar a presidenta por algo que o senhor também fez?”, indagou o senador.
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A bancada governista acusa o tucano de ter cometido as mesmas “pedaladas fiscais” no período em que foi chefe do Executivo estadual, o que em tese o desqualificaria para assumir a relatoria da comissão. “Não há voz tonitruante que abale minha serenidade”, respondeu Anastasia reafirmando que seguirá compondo a mesa do colegiado.
Requerimento
Os governistas já apresentaram um requerimento solicitando a troca de relator, mas a demanda foi rejeitada pela maioria da comissão. Entre os 21 senadores do grupo de trabalho, apenas cinco são declaradamente contra o impeachment e frontalmente contra a indicação de Anastasia na função estratégica.
O ministro José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, também pediu para que Anastasia fosse destituído do cargo, alegando que o jurista Miguel Reale Junior, um dos autores do pedido de impeachment, é filiado ao PSDB, legenda do ex-governador mineiro. A presidência da comissão não acatou a sugestão do ministro.
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