Como os partidos se saíram na disputa pelas principais cidades brasileiras
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O grupo de municípios citado acima forma 85 cidades. Em 50 delas, haverá uma segunda eleição. Naquelas em que a disputa acabou no primeiro turno, houve boas e más notícias para todos. Para o PT, a melhor notícia foi a confirmação da presença de Fernando Haddad no segundo turno em São Paulo, enfrentando o tucano José Serra. A pior, a derrota de Patrus Ananias para Márcio Lacerda em Belo Horizonte. Embora Lacerda seja do PSB, teve como patrocinador maior de sua candidatura o senador Aécio Neves, possível nome do PSDB para a eleição presidencial de 2014. Belo Horizonte foi uma das poucas cidades em que Dilma se envolveu publicamente na campanha, em defesa de Patrus.
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O PT também amargou uma derrota importante em Recife, que o partido administra há 12 anos. Seu candidato, o senador Humberto Costa, ficou em terceiro lugar. Geraldo Júlio (PSB) liquidou a fatura no primeiro turno, aumentando o cacife de outro potencial presidenciável, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Que, para completar, elegeu – pelo PSB ou por partidos aliados – 170 dos 184 prefeitos pernambucanos. O PSB ganhou em cinco grandes cidades, e disputará o segundo turno em seis. Situação próxima à do PDT, que conquistou três e segue na briga em oito.
PublicidadeO PSB, portanto, se fortalece, mas sem alcançar o porte dos maiores partidos. Estes incluem, além do PT e do PSDB, o PMDB, que elegeu quatro prefeitos em primeiro turno e disputará agora o segundo turno em 20 grandes municípios. O PMDB sai das eleições com dois trunfos. Deverá manter a condição de partido com o maior número de prefeituras, e reelegeu de forma excepecional (quase dois terços dos votos válidos) Eduardo Paes, no Rio de Janeiro.
PSDB e PSB sofreram juntos com um mesmo fato: a derrota, já no primeiro turno, do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), que tinha o apoio do governador tucano Beto Richa.
Adversários mais frequentes no segundo turno
Os dois partidos estão também entre os adversários mais frequentes do PT no segundo turno. Petistas enfrentarão o PSDB, no próximo dia 28, em pelo menos seis cidades: Guarulhos (SP), João Pessoa (PB), Pelotas (RS), Rio Branco (AC), São Paulo e Taubuaté (SP).
Medirão forças com o PSB em Campinas (SP), Cuiabá (MT) e Fortaleza (CE) e, com o PMDB, em Juiz de Fora (MG), Mauá (SP), Vitória da Conquista (BA) e, possivelmente, Petrópolis (RJ).
Petrópolis está entre os municípios em que a definição do resultado depende da Justiça eleitoral. Lá, assim como ocorreu em Osasco (SP) e Limeira (SP), é incerta a aceitação de candidatos que tiveram o registro negado mas recorreram dessa decisão. Nas três cidades, postulantes com votação expressiva tiveram as candidaturas barradas. Ou seja, se eles conseguirem reverter a decisão judicial, haverá alterações no resultado final da eleição.
Quando há candidaturas indeferidas, a Justiça eleitoral considera nulos os votos dados a esses candidatos. Em Osasco, nada menos que 42,03% dos votos foram considerados nulos, porque assim foram considerados os votos conferidos a Celso Giglio, do PSDB, que teve sua candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa. Com Giglio fora do páreo, venceu as eleições em primeiro turno Jorge Lapas, do PT, que entrou na eleição depois da desistência do deputado João Paulo Cunha, condenado no julgamento do mensalão. Se Giglio reverter a situação e for considerado apto, o resultado se altera e leva a eleição para o segundo turno. Situações semelhantes ocorrem em Limeira e Petrópolis.
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