Atribui-se, em outros fatores, aos desdobramentos da Operação Lava Jato o enfraquecimento do PT em escala nacional. Conta para o cenário negativo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, que ainda reverbera no imaginário do eleitorado. Como efeito das noticias negativas, o partido conseguiu emplacar um prefeito: Marcus Alexandre, reeleito para o comando de Rio Branco em primeiro turno (há quatro anos, quatro petistas se elegeram para capitais). Resta ao partido mais uma disputa em segundo turno. Mesmo assim, como demonstra a relativa popularidade de Lula – um dos principais alvos da Lava Jato e, paradoxalmente, expoente da política brasileira –, o partido ainda encontra amparo em figuras históricas, como Eduardo Suplicy, o vereador mais votado do país em 2016.
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Em termos percentuais, o Partido Republicano Brasileiro, considerado uma legenda de médio porte, foi um dos que mais aumentaram seu índice de representação em prefeituras: de 79 para 104 prefeitos, aumento de 31,6%. Na parte de cima da lista, embora tenha aumentado sua performance em apenas 1,2%, o PMDB continua com amplo domínio das prefeituras brasileiras, com 1.027 cadeiras. Com a vitória de João Doria em São Paulo – e já em primeiro turno, algo que não acontecia desde 1992 –, o PSDB não só vê a saída do PT da mais poderosa prefeitura da América Latina, frustrando as expectativas de reeleição para Fernando Haddad, como também fatura politicamente com o resultado folgado. E, de quebra, testemunha a conquista de 791 prefeituras neste ano, crescimento de 15,30% em relação a 2012.
Os tucanos também foram os que mais elegeram prefeitos já em primeiro turno. Além de João Doria, Firmino Filho teve mais da metade dos votos válidos em Teresina, capital do Piauí. O PSDB também é a legenda está em mais disputas para prefeituras em segundo turno, com oito nomes no páreo, seguido pelo PMDB, com seis postulantes na segunda etapa de votações.
Confira o quadro geral de prefeituras por partido:
Partido | 2012 | 2016 | Variação |
PMDB | 1.015 | 1.027 | 1,20% |
PSDB | 686 | 791 | 15,30% |
PSD | 495 | 537 | 8,50% |
PP | 474 | 494 | 4,20% |
PSB | 434 | 412 | -5,10% |
PDT | 304 | 334 | 9,90% |
PR | 274 | 294 | 7,30% |
DEM | 276 | 265 | -4% |
PTB | 298 | 261 | -12,40% |
PT | 630 | 256 | -59,40% |
PPS | 122 | 118 | -3,30% |
PRB | 79 | 104 | 31,60% |
PV | 99 | 100 | 1,00% |
PSC | 82 | 87 | 6,10% |
PCdoB | 51 | 80 | 56,90% |
SD | 0 | 62 | * |
Pros | 0 | 51 | * |
PHS | 16 | 36 | 125,00% |
PSL | 23 | 30 | 30,40% |
PTN | 12 | 30 | 150,00% |
PMN | 42 | 28 | -33,30% |
PRP | 23 | 19 | -17,40% |
PTdoB | 25 | 15 | -40% |
PTC | 19 | 15 | -21,10% |
PEN | 0 | 14 | * |
PRTB | 16 | 10 | -37,80% |
PSDC | 10 | 9 | -10,00% |
Rede | 0 | 5 | * |
PPL | 11 | 4 | -63,60% |
PMB | 0 | 3 | * |
Psol | 1 | 2 | 100% |
* O partido ainda não havia sido criado em 2012.
Confira aqui os resultados das eleições de 2016 – primeiro turno