Filme repete clichês como chuva e expressões de sofrimento usados pelo PT em 2014
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Na peça de TV, um casal e seus dois filhos – um deles ainda bebê – se abrigam de uma tempestade sob o mesmo guarda-chuva, enquanto um narrador, com voz soturna, elenca o que seriam as ações do governo contra o cidadão brasileiro. Citando as medidas do ajuste fiscal posto em campo pela equipe econômica, o texto tenta demonstrar uma falta de sensibilidade, por parte da gestão petista, em relação ao trabalhador.
Essa ideia de crueldade recorre a clichês como a chuva renitente e as expressões faciais de sofrimento dos personagens. No caso do PSDB, quando a narração fica ainda mais dramática, o “vilão” (leia-se, governo) entra em cena quando um braço – coberto por manga de terno e camisa social, conotando a ideia de traje de burocratas – retira o guarda-chuva da mão do homem, deixando a família na chuva. A mensagem, segundo as pretensões do PSDB: o governo Dilma abandona o povo à própria sorte.
Metáfora: "mão" do governo deixa cidadãos na chuva, sem proteção
Dirigido pelo argentino Guillermo Raffo, que atuou na campanha presidencial do tucano Aécio Neves no ano passado, o vídeo será exibido amanhã (domingo, 10), das 19h30 às 22h, e nos dias 17 e 24 de maio, cinco vezes por dia e em todas as emissoras de televisão aberta. Em 19 de maio, o PSDB veicula seu programa semestral em rede de rádio e TV, com dez minutos de duração. O “vídeo do medo” tucano deve ser reaproveitado no programa partidário.