Durante esta sexta-feira (27), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, revelou que teve sua casa arrombada no final de janeiro. Por conta disso, ele resolveu intensificar sua segurança pessoal. No entanto, Jatot não revelou se o arrombamento de sua residência teria ligação com a investigação da Operação Lava Jato.
Após arrombar a residência do procurador-geral da República, os bandidos levaram apenas o controle remoto do portão. Janot revelou que, na época, a residência tinha vários objetos de valor e até uma pistola 0.40, de uso exclusivo de autoridades policiais. “Não sou uma pessoa assombrada. Mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção”, disse Janot à Agência Estado. “Daí para cá, tenho recebido relatórios de inteligência. E nos relatórios últimos, parece que aumentou um pouquinho o nível de risco. Por isso as precauções”, ratificou o procurador.
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As revelações ocorreram durante entrevista à imprensa por Janot nesta sexta-feira em Uberlândia, Minas Gerais. Janot participou de uma homenagem ao promotor Marcos Vinícius Ribeiro, vítima de um atentado em Monte Carmelo, Alto Parnaíba, também em Minas.
Na semana passada, Janot participou de um encontro secreto com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo no qual foi discutido justamente a intensificação de suas medidas de proteção. Cardozo afirmou que pediria à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para investigar tentativas de atentados contra o procurador-geral da República. Até o momento, o inquérito não foi instaurado.
Além disso, Cardozo também fez uma série de recomendações de segurança ao procurador-geral como evitar voos de carreira, por exemplo. Na terça-feira, Janot deve pedir oficialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras, descoberto durante a Operação Lava Jato.
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