Em ofensiva para angariar mais votos, o PMDB resolveu fechar questão para rejeitar a denúncia contra o presidente Michel Temer. A Executiva do partido se reuniu na manhã de hoje (12) e decidiu que os deputados que não votarem conforme orientação do partido serão punidos. A decisão foi anunciada por Romero Jucá (PMDB-RR) em sua conta no Twitter. A punição vai desde advertência a até mesmo suspensão.
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A decisão da executiva foi anunciada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), presidente do partido e líder do governo no Senado, em seu perfil no Twitter. Segundo Jucá, a questão foi aprovada por unanimidade. Em vídeo publicado pela conta do PMDB na mesma rede, Jucá afirma ainda que o deputado Baleia Rossi (PMDB-SP), líder do partido na Câmara, terá a prerrogativa de afastar preliminarmente os desobedientes até que uma decisão definitiva seja tomada. Serão 90 dias de suspensão liminar das funções partidárias, de cargos e de comissões.
Após a leitura do parecer de Sérgio Zveiter, na segunda-feira (10), o deputado Carlos Marun (PMDB-RS), um dos mais fiéis aliados de Temer, sugeriu que pediria a expulsão de Zveiter da sigla. Zveiter disse não temer retaliação.
No vídeo, ao lado de Jucá, Baleia Rossi afirmou que a decisão “mostra a unidade da bancada federal” e que caberá aos deputados rejeitar a denúncia e “fazer o país caminhar”. Em contraposição ao parecer de Zveiter, o deputado paulista chamou a denúncia de “inepta”. Ao ler seu parecer, Zveiter declarou que a denúncia não era inepta e que os fatos revelados eram graves.
PSDB
Apesar de não ter fechado questão sobre a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, a maioria dos parlamentares do PSDB já afirma que vai votar pela admissibilidade da denúncia.
PublicidadeEm reunião realizada ontem (11), os deputados tucanos ficaram liberados para votarem de acordo com suas convicções. Entretanto, o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP) afirmou que a maioria dos deputados deve votar para acatar o parecer de Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) e dar prosseguimento à denúncia.
Os tucanos têm 7 deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, onde o debate sobre a denúncia teve início nesta quarta-feira (12). Até a manhã de hoje, apenas Paulo Abi-Ackel (MG) era apontado como um voto a favor de Temer.
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