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Hoje, a liderança do PT organizou um evento no cafezinho do Salão Verde, ambiente normalmente usado para lançamento de livros de parlamentares, com acesso livre do público. Nele, líderes do partido e da base aliada, como Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), revezaram-se nos microfones para defender Lula, desqualificar as denúncias e critica a imprensa. No palco improvisado, uma faixa dizia: “Lula é Brasil, Lula é o povo”.
“Lula é ficha limpa”, defende líder do PT na Câmara
Denúncias são “mentiras envelhecidas”, diz PT
Depois,em plenário, deputados que não tiveram a palavra usaram a tribuna em defesa do ex-presidente. “Estão querendo desqualificar as conquistas de Lula”, disse o vice-líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC). Para ele, “muitos teimam em querer ferir a imagem no nosso presidente Lula”. Ele, no discurso, disse que o ex-presidente “elevou o padrão de responsabilidade política” no país.
Já o deputado Artur Bruno (PT-CE) disse que a solidariedade de “boa parte da Câmara” é boa para Lula. “É insustentável que o ex-Presidente Lula seja atacado diariamente por pessoas sem a menor credibilidade, acusado por pessoas que já foram condenadas àprisão. Efetivamente nós não podemos aceitar que isso fique sem resposta”, disparou, em referência ao depoimento de Marcos Valério.
PublicidadeDurante o ato no cafezinho do Salão Verde, os deputados gritavam frases como “mexeu com Lula, mexeu comigo, porque Lula é nosso amigo” e lembravam dos gritos de guerra de eleições passadas. “Lamentamos que alguns setores da mídia continuem com esse tipo de infame campanha”, disse o petista do Ceará.
A petista Benedita da Silva (RJ) disse estar indignada com os “ataques ao ex-presidente”. “Lamento que parte de muita imprensa vem publicando e divulgando essas mentiras”, afirmou. Para ela, “tanto ódio e tanta raiva” se devem aos avanços econômicos e sociais atingidos durante os oito anos de governo Lula. “Jamais recuaremos de estarmos ao seu lado”, concluiu.
Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo fez uma série de matérias tendo como base o depoimento de Valério ao Ministério Público Federal. Primeiro, informou que o mensalão pagou despesa pessoal de Lula. Depois, de acordo com o periódico, que o empresário teria relatado que dirigentes do Banco do Brasil estipularam, a partir de 2003, uma espécie de pedágio às agências de publicidade que prestavam serviços para a instituição financeira pública.
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