O anúncio de Maia foi feito durante a sessão de discussão do projeto de lei (PL 257/16) que trata da renegociação da dívida dos estados. Pelo regimento da Casa, uma vez lido o parecer, a cassação entra na pauta após 48 horas, abrindo a possibilidade de votação ainda na quarta-feira (10). Para a perda de mandato de Cunha ser aprovada são necessários pelos menos 257 votos.
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Dede o início dos debates em plenário, deputados do PT, PCdoB, Rede e PSOL cobravam do presidente da Casa uma resposta cobre a votação do relatório de Marcos Rogério (DEM-RO).
“Esse processo já passou de 10 meses, portanto, não cabe pautar nenhum projeto, nenhuma prioridade do governo provisório golpista, sem que se vote a cassação do deputado Eduardo Cunha”, disse a líder da minoria, Jandira Feghali (PcdoB-RJ).
O processo está pronto para decisão antes do recesso de julho. Desde que foi eleito, Maia tem evitado se posicionar sobre uma data de votação. Todas as vezes que foi questionado a respeito, Maia limitou-se a dizer que colocaria a cassação de Cunha em votação quando tivesse a “casa cheia”.
“Não é possível mais adiar esse tema, todos os recursos apresentados pelo denunciado [Cunha] já foram vencidos, e a Câmara precisa virar essa página”, cobrou Alessandro Molon (REDE-RJ). “Peço que não deixe a Casa no suspense e responda a essa pergunta que todo o país faz”, acrescentou.
Apesar de negar que a cassação de Cunha é um “assunto tabu”, Rodrigo Maia afirmou que, agora, a prioridade de votação da Câmara é o projeto da renegociação da dívida dos estados, adiado para a próxima semana, ainda sem data definida.
“Podemos fazer essa leitura na segunda-feira, não há nenhum tipo de problema”, disse. “Nossa prioridade na pauta continuará sendo o PL 257. Só tratarei de outro projeto depois que esse tiver sido aprovado ou derrotado”, afirmou.
* Com informações da Agência Brasil
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