Milhares de brasileiros foram às ruas na manhã desta quarta-feira (15) em protesto contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer. A greve geral tem o apoio de trabalhadores da educação, do transporte, limpeza urbana, dentre outros. A grande adesão às manifestações indica a resistência que o governo enfrentará nas ruas para conseguir aprovar as mudanças na previdência.
Em Brasília, segundo a Polícia Militar, 10 mil pessoas participaram dos atos, ocupando o Ministério da Fazenda e o gramado do Congresso Nacional. Parlamentares da oposição também participaram do protesto, que teve o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de vários movimentos sociais. Cerca de 450 mil alunos da rede pública de ensino do DF não tiveram aula nesta quarta devido à paralisação dos professores. Ao todo, seis mil profissionais da educação cruzaram os braços. Os professores ainda espalharam cruzes no gramado da Esplanada dos Ministérios contra a reforma da Previdência.
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Deputados e senadores também participaram dos atos na capital federal. Em um trio elétrico, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-RS) disse que os protestos desta quarta mostram que “o povo acordou” e que os trabalhadores não vão aceitar mudanças impostas por um governo “ilegítimo” – arrancando aplausos dos presentes que responderam com gritos de “fora, Temer”. Já o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que essa é a proposta “mais cruel que um governo já ousou apresentar à população”.
Em outras capitais, como Maceió, Campo Grande, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e São Paulo a população foi surpreendida com a paralisação de rodoviários e metroviários nas primeiras horas da manhã. Várias categorias, como a dos agentes penitenciários e a dos trabalhadores da limpeza urbana, também aderiram ao movimento em algumas cidades.
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