Organizações não governamentais (ONG) percorreram neste domingo (12) as ruas de Paris para mostrar desacordo com as conclusões da conferência do clima, a COP21, na capital francesa. As ONGs consideram insuficientes as medidas de combate ao aquecimento global.
O primeiro protesto ocorreu perto do Arco do Triunfo, onde os manifestantes, a maioria vestida de vermelho, usaram uma faixa gigante com mais de 100 metros e desenharam uma enorme linha vermelha com milhares de tulipas e guarda-chuvas ao longo da Avenida da Grande Armée, entre a Praça Étoile e a Porta Maillot. As informações foram divulgadas pela associação ambientalista portuguesa Quercus, que também participa dos protestos.
Corrente humana
A Quercus diz que o objetivo é formar uma corrente humana entre a Torre Eiffel e o monumento Muro da Paz, situado no outro extremo do Campo de Marte, em Paris. A iniciativa Estado de Emergência Climática deve reunir milhares de participantes numa ação “pacífica e determinada neste domingo”, informa nota divulgada.
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O representante da polícia de Paris, Michel Cadot, lembrou que as manifestações estão proibidas pois a cidade está em estado de emergência. Ele reconheceu, no entanto, que três delas seriam toleradas, anunciando o envio de cerca de 2 mil policiais para impedir atos de violência, como os que ocorreram há cerca de duas semanas, por ocasião da abertura da COP21, que termina hoje na capital francesa.
“São os cidadãos que têm de liderar em matéria de alterações climáticas, não podemos confiar nos nossos políticos, porque eles estão falhando há 23 anos”, disse o ativista dos Ecologistas em Ação Samuel Martin Sosa, à agência de notícias Efe. Para ele, o acordo de Paris “não estabelece as bases para uma verdadeira transição energética”.
O projeto de acordo final visa a conter o aquecimento global abaixo dos 2 graus Celsius e limitá-lo ao 1,5, além de prever verba de US$ 100 bilhões por ano para os países em desenvolvimento, a partir de 2020.
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