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Desde o mês passado, uma série de reportagens mostrou que a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos monitorou mensagens eletrônicas e ligações telefônicas de cidadãos brasileiros, empresas e até de Dilma e ministros de Estado. Durante reunião do G20 na Rússia, a presidenta pediu explicações ao presidente norte-americano, Barack Obama. Após conversa dos dois ontem (16), o Planalto ficou insatisfeito com as respostas e decidiu cancelar a viagem.
Para o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), Dilma errou ao adiar a visita porque era uma oportunidade de discutir outros assuntos importantes para o país. “Há outros assuntos importantes que nas relações internacionais marcadas pela diplomacia presidencial são de alçada dos presidentes da República, como as questões econômicas, financeiras, comerciais”, afirmou.
O tucano disse que Dilma tem a “nossa solidariedade” em relação à espionagem norte-americana. Porém, acredita que a ida dela aos Estados Unidos reforçaria o descontentamento brasileiro com a questão. “Mas acho que ela devia ter ido para dizer na lata ao presidente Obama, lá no Salão Oval da Casa Branca, que nós brasileiros repudiamos essa prática e queremos do governo americano explicações cabais e o fim da espionagem”, afirmou.
Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder do partido na Câmara, aumentou o tom. Disse que Dilma deveria ter um “comportamento de estadista e não um comportamento estritamente ideológico”. “O Brasil deve exigir reparação e penalização de quem cometeu espionagem, mas não cabe à presidente adotar um comportamento ideológico”, disse.
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