Luiz Gonzaga Bertelli *
A constante crise da educação pode ser facilmente medida pelos dados estatísticos disponíveis. São 14 milhões de analfabetos (8º país no mundo com mais iletrados). Mais de 50% dos universitários são analfabetos funcionais, com dificuldade para compreender textos simples como reportagens de revistas e jornais. Em alguns estados, 90% das crianças estão fora da pré-escola; 15% dos alunos não são alfabetizados até a 4ª série e, de 8 milhões, apenas 54% concluem o ensino médio até os 19 anos. Sem contar os números pífios alcançados pelos alunos brasileiros nos exames internacionais como o Pisa, sempre no último terço da classificação.
Com a crise econômica dos últimos anos e os prováveis cortes de recursos para a educação, poderemos descartar o desejo da melhoria na qualidade de ensino. Para fazer uma comparação, a Suíça, um dos países com maior Índice de Desenvolvimento Humanos (IDH), aplica 15 mil dólares per capita/ano em educação. O Brasil não chega a 2,5 mil dólares. Mesmo com aumento da arrecadação e com mais recursos voltados para a educação, o que garante que esse dinheiro chegue às escolas e seja bem empregado, haja vista a estrutura política viciada que temos acompanhado nas várias investigações da Operação Lava Jato?
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Com 52 anos de experiência na inserção de jovens no mercado de trabalho, o CIEE vislumbra a necessidade de uma educação de qualidade, voltada para as demandas do mundo do trabalho. Um ensino que não aponte apenas para uma boa nota no vestibular ou no Enem, mas que priorize um conjunto que direcione o jovem a temas profissionalizantes, a orientação profissional, a modelos comportamentais e corporativos sem rusgas ideológicas.
Precisamos de uma educação que incentive a formação de novos professores, para desempenhar suas funções com salários dignos e materiais didáticos modernos; que privilegie uma boa gestão dos recursos públicos; e cesse as indicações políticas para os cargos de gestores. Que os educadores assumam a obrigação de construir um novo paradigma para a educação, olhando sempre lá na frente, com vistas ao futuro do Brasil. Sonhar é o primeiro passo para tornar algo em realidade.
* Presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH).
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“Precisamos de uma educação que incentive a formação de novos professores, para desempenhar suas funções com salários dignos e materiais didáticos modernos;”
Sabe quando isto vai acontecer ? Quando PROIBIREM o empreguismo escancarado nas Secretarias de Educação. Para cada professor em sala de aula, tem 3 inúteis parasitas na “administração(???)”.
http://capitalismo-social.blogspot.com.br/2016/02/68-empresas-sociais.html
Basta ser normal para ver que temos uma das mais altas “cargas tributárias do planeta” com retorno medíocre para a sociedade em especial na alta qualidade da Educação Pública, na excelente Saúde Pública e na ótima Segurança Pública e também na moderna e eficiente Infraestrutura Rodoferroaeroportuária para bem atender nossa logística interna e de exportação.Chega de políticos patifes no poder, o lugar deles é apodrecer no xilindró sem a menor piedade independente de partido desde vereador até presidente.
Então amigo, Educação é o pior investimento da classe política, pois pessoas educadas e alfabetizadas, questionam e pensam por sí só perante as diversas situações, não aceitam ideias “cretinas” de políticos e conversas que não levam á nada! Quem tem uma boa educação, jamais aceitaria um governo como este, então investir na educação é deixar o povo inteligente para não aceitar este quadro político que hoje se encontra!