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“Waldir usou o cargo para tumultuar o processo de impeachment que foi acatado pela maioria da Câmara do Deputados. Enfrentaremos essa decisão com as mesmas forças políticas que fizeram o impeachment”, disse.
“Em momento nenhum, um presidente pode anular por uma assinatura uma votação que foi feita pela maioria do plenário, ainda mais que esse assunto já seguiu para o Senado. Portanto, do ponto de vista do direito administrativo não há como haver qualquer tipo de modificação retroativa em relação a isso”, acrescentou o deputado.
Para o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), a decisão é “inepta”.
“É uma afronta à Casa e acredito que o Senado deve considerar nulo esse ato de Maranhão e tocar o processo normalmente. A votação, na qual mais de dois terços dos deputados se posicionaram a favor do impeachment, foi um ato jurídico perfeito e não cabe anulação”, disse Freire.
Expulsão
O presidente interino da Câmara também deve ter que responder um processo de expulsão do Partido Progressista. De acordo com informações de membros da legenda, Waldir Maranhão já teria contrariado o partido ao votar a favor do processo de impedimento da presidente Dilma quando a orientação do PP era pelo voto contrário ao impeachment.
Este foi o primeiro desconforto entre o parlamentar e o PP, que o afastou do posto de presidente do diretório baiano da sigla. Agora, o partido analisa a possibilidade de expulsão pelos constantes constrangimentos causados por Maranhão à legenda.
Anulação
O deputado alega que partidos não deveriam ter orientado votos e que resultado da votação do último dia 17 deveria ter sido publicado por resolução. Ele atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). A decisão de Maranhão já é contestada pela oposição, que anunciou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), com um mandado de segurança, para questionar a competência do presidente interino da Câmara para anular uma decisão do Plenário da Casa. Outra estratégia discutida é levar a decisão do presidente interino à Mesa Diretora.
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