“Temos que questionar os ministros porque essa recomendação feita à Casa Civil, comandada à época pela presidente Dilma, não foi levada adiante”, disse Mendonça Filho. “Tratava exatamente das cláusulas mais lesivas desse contrato absurdo que contraria totalmente os interesses da Petrobras. É um caso nebuloso que esconde uma operação que resultou em um prejuízo bilionário à estatal”, acrescentou.
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Reportagem publicada neste fim de semana pela revista Veja sustenta que Luís Adams, então procurador-geral da Fazenda Nacional, enviou ofício à então secretária-executiva da Casa Civil Erenice Guerra, braço-direito da então ministra Dilma Rousseff, solicitando que a ata da reunião do Conselho de Administração da Petrobras incluísse duas ressalvas sobre a compra da refinaria nos Estados Unidos. O pedido, intermediado por Adams, foi feito pelo ministro Guido Mantega, seu chefe à época.
O texto, reproduzido pela revista, fazia duas ressalvas sobre o contrato de aquisição da refinaria de Pasadena: uma a respeito a cláusula Marlim – que garantia à sócia da Petrobras um lucro de 6,9% ao ano mesmo que as condições de mercado fossem adversas) – que não teria sido objeto de aprovação pelos integrantes do conselho; e outra que informava sobre a abertura de auditoria pela diretoria da Petrobras para apurar eventuais prejuízos na compra da refinaria de Pasadena.
Segundo a reportagem, apesar do alerta dos ministros, o caso foi encerrado sem apuração dos responsáveis. “Quanto mais se investiga, mais fica nítida a tentativa do governo ocultar irregularidades. As versões do governo não se amarram”, afirma Mendonça Filho.
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