A perícia nas cápsulas encontradas no local em que a vereadora carioca Marielle Franco (Psol) foi assassinada apontam que munição foi comprada pela Polícia Federal (PF) de Brasília em 2006. A informação foi revelada pelo telejornal RJTV, da rede Globo, no início da tarde desta sexta (16).
Foram disparados 13 tiros de uma arma calibre 9mm, indicou perícia realizada ontem (quinta, 15) à tarde. Segundo o RJTV, a perícia da Divisão de Homicídios constatou que o lote de munição UZZ-18 é original, ou seja, a munição não foi recarregada. Agora, as polícias Civil e Federal trabalharão juntas para rastrear como a munição comprada há 12 anos pela PF de Brasília acabou sendo usada no assassinato da vereadora na última quarta (14) e investigam possibilidade de que o lote tenha sido desviado. As polícias devem divulgar nota ainda hoje.
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A polícia Civil, encarregada da investigação, apura a participação de pelo menos dois carros no crime. Um deles, com placa de Nova Iguaçu, já estava parado na frente da Casa das Pretas, na região central do Rio, onde Marielle participou de evento antes de ser assassinada. O veículo, de acordo com as investigações, era clonado.
Após a chegada da vereadora, um homem saiu do carro e falou ao celular. O carro permaneceu estacionado enquanto Marielle esteve no debate. Quando a parlamentar deixou o local, o veículo também saiu, piscou o farol e seguiu o carro em que ela estava.
Execução
Marielle e o motorista Anderson Pedro Gomes morreram após o carro em que a vereadora estava ser alvejado por pelo menos nove tiros na noite de quarta-feira (14). Uma assessora de Marielle ficou ferida por estilhaços, sem gravidade. Segundo informações preliminares, investigadores envolvidos no caso têm a tese de execução como primeira hipótese.
Uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados e uma comitiva especial do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) acompanharão as investigações dos assassinatos.
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