O acidente ocorreu instantes depois das 17h, em um condomínio na Rodovia Castello Branco. Segundo informações da imprensa paulistana, o helicópero caiu em cima de uma casa em construção. Não houve vítimas em solo.
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Piloto profissional de helicóptero, Thomaz havia embarcado no voo a convite do piloto e amigo Carlos Haroldo Esquerdo, de 53 anos. Esquerdo tinha mais de 30 anos experiência, segundo a proprietária da aeronave, a empresa Seripatri Participações LTDA. Eles e três mecânicos de helicóptero (Paulo Henrique Moraes, 42 anos; Erick Martinho, 36; e Leandro Souza, 34) faziam um voo teste do modelo EC 155 B1, da Eurocopter France, um dos mais sofisticados e seguros do mundo. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não fixou prazo para a conclusão dos trabalhos de elucidação do acidente.
Thomaz era formado em Administração de Empresas e faria aniversário na próxima segunda-feira (6). Casado com Tais, ele tinha uma filha de 10 anos, Isabella Trombelli Alckmin, fruto de um relacionamento com a ex-servidora do Palácio dos Bandeirantes (residência oficial do governo) Fabíola Trombelli, e outra filha recém-nascida, do atual casamento. Segundo o site do jornal O Estado de S. Paulo, Fabíola telefonou para Geraldo Alckmin assim que soube da notícia da morte de Thomaz. Ela, que vive com a filha na Noruega, disse que o governador não conseguia falar.
“O doutor Alckmin só chorou”, disse a ex-mulher de Thomaz, por telefone e “em choque”, segundo o site do Estadão.
Pesares
Assim que foi confirmada a morte de Thomaz, autoridades e personalidades de todo o país passaram a se manifestar em notas oficiais de pêsames. A presidenta Dilma Rousseff expressou “muito pesar e tristeza” à família Alckmin. “Presto, neste momento de dor e consternação, minha solidariedade e sentidos pêsames aos pais, familiares e amigos das vítimas”, disse a petista.
Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, manifestou tristeza pela notícia da morte dos cinco tripulantes. “Às famílias e aos amigos das vítimas meus sentimentos neste momento de profunda dor”, escreveu Cardozo.
Em nota oficial veiculada em seu site às 23h07 desta quinta-feira (2), o Governo de São Paulo também se manifestou. “Sob o impacto dessa tragédia, a família Alckmin, inconsolável, agradece as manifestações de pesar e carinho e busca conforto na fé que sempre a alimentou. Seus pensamentos e preces se estendem às famílias das outras vítimas”, diz o documento, acrescentando que informações sobre velório e enterro seriam “divulgadas oportunamente”.
A própria empresa proprietária da aeronave também prestou solidariedade à família das vítimas, citando nominalmente cada uma delas. “O acidente ocorreu durante voo de teste, após a aeronave passar por manutenção preventiva. O helicóptero, da marca Eurocopter, modelo EC 155, prefixo PPLLS, tinha cerca de quatro anos de uso, com aproximadamente 600 horas de voo e estava com sua documentação e manutenção rigorosamente em ordem. Neste momento de luto e enorme tristeza para todos, a Seripatri presta suas condolências a todas as famílias das vítimas”, registrou a Seripatri.
Atentados
Em fevereiro de 2014, Thomaz Alckmin foi vítima de uma tentativa de assalto no bairro paulistano do Morumbi, em frente ao Clube Paineiras, a cerca de um quilômetro do Palácio dos Bandeirantes. O veículo em que ele levava a filha Isabella de volta para casa foi cercado por bandidos, que trocaram tiros com os seguranças que o escoltavam. Não houve feridos.
Thomaz já havia sofrido outra tentativa de assaltos. Em 2004, quando passeava de motocicleta na avenida Marginal Pinheiros, ele estava sem escolta quando foi abordado por criminosos. Dois anos antes, policiais que faziam sua segurança trocaram tiros com ladrões que tentaram levar seu carro na Vila Mariana, zona sul da cidade. Um dos agentes, Diógenes Barbosa Paiva, de 38 anos, foi baleado e morreu. Três bandidos foram condenados pelo crime.