O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado, nesta terça-feira (13), a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A sentença (íntegra abaixo) foi proferida pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo no âmbito da Operação Lava Jato. Além da pena de reclusão, Cabral deve pagar uma multa de cerca de R$ 528 mil.
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“Considerando a dimensão dos crimes e especialmente a capacidade econômica de Sérgio Cabral ilustrada pelo patrimônio declarado de quase R$ 3 milhões e, que considerando o examinado nesta sentença, certamente é maior, fixo o dia multa em cinco salários mínimos vigentes ao tempo do último fato delitivo (05/2014)”, disse Moro em sua sentença, com referência ao crime de lavagem de dinheiro.
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O juiz determinou, ainda, que Cabral terá de responder preso caso decida recorrer da decisão em primeira instância. A progressão de regime, segundo o despacho, só deve acontecer após a devolução das vantagens indevidas recebidas.
“A responsabilidade de um Governador de Estado é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato e a sagrada confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio”, escreveu Moro na sentença.
Sergio Cabral está preso no Rio de Janeiro desde novembro de 2016. Atualmente, está no presídio em Benfica, onde ficava o antigo Batalhão Especial Prisional (BEP).
No mesmo despacho da sentença, a mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, foi absolvida pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por falta de prova suficiente de autoria ou participação.
Outros réus
Também foram condenados o então secretário do governo Cabral Wilson Carlos Carvalho e o sócio do ex-governador Carlos Emanuel Miranda. Mônica Carvalho, esposa de Wilson Carlos, foi absolvida também por falta de provas suficientes que comprovassem sua participação.
Wilson Carlos foi sentenciado a 10 anos e 8 meses por corrupção passiva e dois crimes de lavagem de dinheiro. Carlos Miranda, por sua vez, foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (quatro vezes).
Os ex-diretores da Andrade Gutierrez Clóvis Peixoto e Rogério Nora também são réus nesta ação penal. No entanto, ambos firmaram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) que, por sua vez, pediu a suspensão do processo contra eles.
Com informações da Agência Brasil
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