“Vou pedir para ele [Herman Benjamin] o quanto antes. Vou ver com ele. Talvez a corte já até compreenda a possibilidade real da minha participação [no julgamento da chapa Dilma-Temer] e aí vou ver com os colegas a partir de quando eu teria acesso a isso”, ressaltou o ministro-substituto, que assumirá a vaga de titular logo após a saída de Henrique Neves.
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Durante a sessão realizada nesta manhã, a maioria dos ministros aceitou o pedido feito pelos advogados da ex-presidente e garantiu mais cinco dias para as alegações finais da defesa. Eles também autorizaram a realização de novos depoimentos. Nesse caso, o prazo só contará após os novos depoimentos e novo relatório final por parte do Ministério Público Federal. A previsão é que o julgamento seja retomado no final de abril ou em meados de maio. Na ocasião, Admar já estará no TSE como ministro titular.
Apesar das sondagens sobre sua nomeação e a possibilidade de um pedido de vista com objetivo de protelar o julgamento, o jurista afirma que “não é sua intenção”. “Eu não estou preocupado com o pedido de vista. Na verdade, não é uma intenção pedir vista. Não é algo que qualquer ministro queira fazê-lo. Tem que confiar no trabalho dos outros colegas. A minha posição é de não pedir vista. A não ser que isso seja necessário para formação de um juízo responsável e completo a respeito da causa”, destacou.
O ministro chamou de “fofoca” as ilações de que votará contra a cassação de Temer por ter sido indicado pelo presidente. “Cada um pode ter suas impressões, exercer seu direito à futurologia. Mas eu acho que é uma especulação. Podem fazer a especulação que for. Poderia ser ao contrário. Eu vou fazer o meu juízo com a maior tranquilidade, sem atentar para esse tipo de fofoca”, afirmou.
Ao nomear Admar Gonzaga antes do início do julgamento do caso, Temer avaliou que o impacto negativo seria menor do que se a indicação fosse realizada após o início do julgamento. Já que, neste segundo caso, poderia ser interpretado como se quisesse interferir no resultado final do julgamento – com a escolha do ministro que o julgaria. Em maio, outra cadeira da advocacia ficará vaga no TSE, com a saída da ministra Luciana Lóssio, e o presidente Temer deverá fazer nova nomeação.
PublicidadeAssista ao vídeo em que o ministro fala sobre suas novas responsabilidades na corte e diz que especulações sobre seu voto são “fofocas”:
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