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O líder do movimento Vem Pra Rua, o empresário Rogerio Chequer, defendeu tanto o impeachment de Dilma, quanto a investigação de todos aqueles que tenham algum envolvimento em atos de corrupção. “Os presidentes da Câmara [Eduardo Cunha – PMDB/RJ] e do Senado [Renan Calheiros – PMDB/AL] já estão mencionados em atos que exigem investigação”, disse Chequer. “O país não aguenta mais aumento de impostos. As empresas estão sufocadas”, afirmou.
O ato em São Paulo teve início com os manifestantes se ajoelhando em uma imensa bandeira com as cores do país colocada no chão. Houve também orações e a execução do hino nacional. Outra grande faixa, em verde e amarelo, com a frase “impeachment já”, foi estendida pela Paulista. Manifestantes empunharam cartazes em apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato.
Quem foi cedo à Paulista para protestar contra a atual política foi Angélica Lopes, de 50 anos, que se identificou como escritora e cabeleireira. Ela segurava uma faixa defendendo a intervenção militar. “Sou intervencionista. Tem que limpar tudo. Tem que tirar tudo. Os militares faziam coisas para durar. Hoje vivemos em um jogo político”, disse.
Um grupo de motociclistas também participou da manifestação. Um dos integrantes deste grupo, o comerciante Claudio de Moraes Sanches, de 68 anos, contou que estava ali por um país melhor. “Hoje estou vendo se esse Brasil melhora, lutando pelo Brasil melhor. É o que estamos precisando. Chega de corrupção e roubalheira”, disse.
Além das pessoas que reivindicam a saída de Dilma, o protesto também chamou a atenção de muitos curiosos como o italiano Fabrizio Staraze, de 39 anos, que mora no Brasil há um ano. Ele disse que resolveu passar pela Paulista apenas para “ver os protestos” mas negou que fosse um manifestante. “O protesto é bom para estimular um pouco o governo para que ele se dê conta que o povo não é imbecil. É bom a pessoa ser ativa”, observou.
PublicidadeCom informações da Agência Brasil