O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega fechou um acordo com o Ministério Público Federal em Brasília (MPF-DF) para evitar ser preso durante as investigações que apuram possível favorecimentos à empresa JBS em liberações de empréstimos no BNDES. O acordo do ex-ministro não é de delação premiada, apesar de admitir participação em alguns fatos investigados. O ex-ministro prometeu colaborar com a Justiça.
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De acordo com a reportagem do site Buzzfeed, o acordo ainda não foi homologado por Ricardo Leite, juiz da 10ª Vara Federal em Brasília. Para não ser preso, Mantega terá de entregar documentos e colaborar com as investigações. Como parte do trato, ele também abriu mão de seu sigilo caso as investigações exijam a medida.
Mantega é investigado na Operação Lava Jato, acusado de intermediar pagamentos da Odebrecht ao PT. Nas delações da JBS, Mantega foi citado por Joesley Batista como peça fundamental para que a JBS conseguisse empréstimos junto ao BNDES. O empresário também afirmou ter feito pagamentos a pessoas ligadas ao ex-ministro da Fazenda e Planejamento nos governos Lula e Dilma. Uma das ações de Mantega, em favor da empresa, foi a pressão para que a empresa conseguisse empréstimo para adquirir a Swift Argentina, em 2009. As operações suspeitas do BNDES são investigadas na Operação Bullish.
Mantega chegou a ter prisão decretada no dia 22 de setembro do ano passado, na 34ª fase da Operação Lava Jato. Na ocasião, foi localizado pelos policiais federais no Hospital Albert Einstein, onde acompanhava a esposa em uma cirurgia. Devido a situação, teve a prisão revogada.
Neste pedido, de acordo com as investigações, Mantega negociou com uma empresa contratada pela Petrobras o repasse de propina para o pagamento de dívida de campanha de partidos aliados do governo.
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