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Nas 26 cidades, 27 partidos se lançaram à corrida eleitoral das prefeituras. Como é costume nos pleitos municipais, várias coligações não seguiram as orientações de aliança em nível nacional, cujo substrato político-partidário no Congresso está representado nos núcleos de base e oposição. Entre os 26 partidos que lançaram candidatos a prefeito, com poucas chapas “puro-sangue” (candidatos a prefeito e vice da mesma sigla), o Psol foi o que mais registrou representantes: 22 candidatos. Em seguida figuram PSDB, com 18 pleiteantes; PT, com 17; PSTU, com 15; PMDB, com 12; PSB, com 11; e PDT, DEM, PPL e PRTB, com 8 candidatos cada.
PublicidadeO PPS indicou 7 nomes, enquanto o PCdoB indicou 6 candidatos. Na sequência, o PV, com 5 nomes. O PMN, o PP, o PCB e o PRB vêm em seguida, com 4. Já PTB, PSC, PR, PCO e PSDC indicaram 3 candidatos cada, enquanto PTdoB e PSD indicaram dois representantes. Por fim, PTC, PHS e PSL indicaram apenas um nome cada legenda.
A Justiça Eleitoral tem até o dia 5 de agosto para julgar os pedidos de registro e, constatada a regularidade da situação de cada pleiteante, aprová-los e proceder a homologação das candidaturas. Uma vez eventualmente indeferida a homologação de candidatos, abre-se prazo para recursos, fixando-se 23 de agosto como data-limite para que juízes eleitorais publiquem a decisão sobre tais contestações. Se mais uma vez a homologação de candidatura for negada, o candidato em questão não tem mais o que fazer para tentar participar do pleito.
Minoria feminina
A hegemonia masculina continua a ser verificada nos pleitos eleitorais brasileiros. Segundo o levantamento, dos 183 candidatos a prefeito, 145 são homens. As mulheres são apenas 19% dos pleiteantes: somente 38. A disparidade tem preocupado a Justiça Eleitoral a ponto de ter sido fixado um número mínimo de mulheres apresentadas por cada partido para os pleitos majoritários – 30% do total de candidatos registrados, segundo ditames da Lei n.º 9.504/97. O dia 8 de agosto, aliás, é o prazo estipulado pela legislação eleitoral para que os percentuais mínimos de reserva para candidaturas femininas sejam observados pelas legendas.
Em seis capitais, a chance de uma mulher comandar a administração é zero. Não há mulheres concorrendo às prefeituras de Fortaleza (CE), Natal (RN), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Salvador (BA) e Teresina (PI).
Em 12 das 26 capitais (praticamente 50%), há apenas uma mulher entre os candidatos. Edna Costa (PPL), Iriny Lopes (PT), Eliziane Gama (PPS), Aspásia Camargo (PV), Manuela d’Ávila (PCdoB), Luana Ribeiro (PR), Vanessa Grazziotin (PCdoB), Cristina Almeida (PSB), Isaura Lemos (PCdoB), Leny Campelo (PPL), Alzimara Bacellar (PPL) e Teresa Surita (PMDB) disputam, respectivamente, em Recife (PE), Vitória (ES), São Luís (MA), Rio de Janeiro, Porto Alegre (RS), Palmas (TO), Manaus (AM), Macapá (AP), Goiânia (GO), Belém (PA), Curitiba (PR) e Boa Vista (RR).
As capitais com mais mulheres candidatas à prefeitura são Maceió (AL) e São Paulo, onde o eleitor pode escolher entre três nomes: Galba Novaes (PRB), Rosinha da Adefal (PTdoB) e Nadja Bahia (PPS), na capital alagoana; e, na capital paulista, entre Soninha Francine (PPS), Ana Luiza (PSTU) e Anaí Caproni (PCO).
Ideário variado
São Paulo é a capital com mais nomes em disputa: 12 partidos lançaram postulantes (PT, PSDB, PMDB, PDT, Psol, PPS, PRB, PRTB, PSTU, PSDC, PPL e PCO). Depois de São Paulo, o cardápio eleitoral é mais variado no Nordeste. Paraenses e cearenses são os eleitores com o segundo mais numeroso leque de opções para as respectivas prefeituras. Em Belém e em Fortaleza, dez candidatos estão na briga. Na capital paraense, PMDB, PP, PPL, PPS, PR, PRTB, PSDB, PSL, Psol e PT querem emplacar o prefeito do próximo quadriênio. Já na capital cearense, PSB, PT, PDT, Psol, PSDB, PCdoB, DEM, PPL, PSTU e PRTB estão no páreo.
Já as prefeituras menos concorridas são a de Boa Vista, capital de Roraima, onde apenas representantes de PRB, Psol, PDT e PMDB disputarão as eleições municipais; e a de Natal, almejada por PMDB, PSDB, PT e PDT.
A maioria das prefeituras de capital é disputada por seis candidatos. São sete, e englobam todas as regiões do país: Norte – Rio Branco (AC); Centro-Oeste – Cuiabá (MT) e Goiânia (GO); Sul – Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS); Nordeste – Salvador (BA); e Sudeste – Vitória (ES).
Lei do mais forte
Projeções de cenário eleitoral mostram que as chamadas grandes legendas (PMDB, PT, PSDB, PSB etc) devem arrematar a ampla maioria das prefeituras das capitais. A exceção, de acordo com as mais recentes pesquisas de intenção de voto, é o Estado do Pará, onde o deputado estadual pelo Psol Edmilson Rodrigues, que já comandou a Prefeitura de Belém por dois mandatos consecutivos (1997-2005), é favorito para retornar ao cargo no primeiro e no segundo turno, seja qual for a disposição de adversários em cenário definido. Edmilson tem como candidato a vice Jorge Panzera, do PCdoB, em coligação que também tem o apoio do PSTU. José Priante (PMDB) e Zenaldo Coutinho (PSDB) são as potenciais ameaças de levar a decisão para o segundo turno, em 28 de outubro.
Nas grandes capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife etc), as maiores e mais tradicionais legendas devem se manter no poder. Na capital paulista, por exemplo, o tucano José Serra lidera as intenções de voto com larga vantagem em relação ao segundo colocado, Celso Russomano (PRB) – a mais recente pesquisa Datafolha, de junho, situa o ex-governador de São Paulo com 30% das preferências, contra 21% de Russomano. Em seguida aparecem Soninha (PPS) e Fernando Haddad (PT), com 8%; e Gabriel Chalita (PMDB), com 6%.
Ex-ministro da Educação e ungido pelo cacique petista Lula, Fernando Haddad cresceu de 3% para 8% das escolhas em três meses (de março para junho), desde que Lula saiu com ele em campanha, e agora espera capitalizar o quinhão eleitoral do deputado e também ex-governador Paulo Maluf (PP), que declarou apoio ao PT em 18 de junho. Já Serra recebeu o apoio do recém-criado PSD, do atual prefeito, Gilberto Kassab.
No Rio, o peemedebista Eduardo Paes, que fechou com o vice petista Adilson Pires, tenta a reeleição e também lidera com certa folga – segundo a mais recente pesquisa Ibope, com 36% das intenções. Na sequência da projeção aparecem Marcelo Crivela (PRB), com 18%; Marcelo Freixo (Psol), com 7%; Rodrigo Maia (DEM), com 3%; e Otávio Leite (PSDB), com 2%. A dobradinha PT-PMDB segue de vento em popa no Rio, ao contrário de São Paulo, onde concorrerá o deputado peemedebista licenciado Gabriel Chalita.
Colaborou Mariana Haubert.