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Em entrevista exclusiva concedida ao Congresso em Foco em seu gabinete, na última segunda-feira (6), Rodrigo faz a ressalva de que os fatos divulgados até agora não indicam uma relação direta de Agnelo com Cachoeira. Por isso, ele é cauteloso quanto a indicar, já neste momento, se seria o caso de uma convocação ou não de Agnelo para depor na CPI: “Só a análise dos documentos poderá revelar isso”, diz ele.
PublicidadeAs denúncias, porém, avalia, ajudam a gerar uma situação de crise crônica no governo do Distrito Federal, que precisa ser superada. Para Rollemberg, Agnelo falhou em não romper em definitivo com o que chamou de “forças do passado”, que contribuem para a manutenção dessa crise permanente em seu governo. O senador não citou nomes, mas fica clara a resistência a novos aliados do PT. Em especial, partidos alinhados com os ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda.
Por isso, o senador diz que o PSB ainda não saiu na base do governo, mas mantém uma posição crítica e de cobrança ao cumprimento do plano de governo proposto na campanha eleitoral e ao esclarecimento das recentes denúncias trazidas à tona pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Existe a suspeita sobre a natureza do relacionamento do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com secretários do governo local, assim como com Agnelo.
O senador brasiliense defende que o governador seja investigado no “foro adequado”: como governador, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), politicamente, até mesmo pela CPMI do Cachoeira. Ele, porém, completa: não é apenas Agnelo quem precisa ser investigado, mas também os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), cujas relações com Cachoeira e outros integrantes de seu esquema foram também denunciadas.
Veja um vídeo com Rollemberg falando sobre o Caso Cachoeira e a crise no DF:
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Falta de experiência
Ao fazer críticas sobre a escolha do primeiro escalão, com pessoas com “muito poder e pouca experiência administrativa”, o socialista rejeita a possibilidade de uma intervenção federal no governo local. A impressão é que, após as nomeações de Swedenberger do Nascimento Barbosa para a Casa Civil e Luiz Paulo Barreto, ex-ministro da Justiça, na Secretaria de Planejamento, o Palácio do Planalto passou a se preocupar com o destino de Agnelo.
“O resultado está aí, uma gestão mal avaliada pela população, o que obrigou a vinda de pessoas experientes para buscar ajudar a socorrer o governo do Distrito Federal. Talvez se essas pessoas mais experientes tivessem vindo no início, nós tivéssemos uma outra situação com relação ao governo”, afirmou. Dentro da base aliada local, Rodrigo é tido como pré-candidato ao GDF em 2014. Ele não confirma, mas também não nega, deixando no ar o que vai acontecer daqui dois anos. Ele diz que na política “cada coisa no seu tempo” e que o “futuro a Deus pertence”.
Código Florestal
Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado, Rodrigo participou ativamente da discussão do projeto de reforma do Código Florestal no ano passado. Para ele, as modificações feitas pela Câmara no texto aprovado pelos senadores são um “desastre”. “É lamentável o desfecho em relação ao Código Florestal. Acho que a própria Câmara já se deu conta do desastre”, afirmou.
Ele se juntou ao coro daqueles que defendem o veto do projeto pela presidenta Dilma Rousseff. O texto final foi enviado pela Câmara ao Palácio do Planalto na última segunda-feira (7). A partir desta data, Dilma tem 15 dias para sancionar na íntegra ou com vetos parciais ou até rejeitar inteiramente a proposta. “Estou estudando isso, mas já defendo que a presidenta tem que vetar.”
Veja um vídeo de Rollemberg pedindo o veto ao Código Florestal:
Leia tudo sobre o Código Florestal
Leia a entrevista completa de Rodrigo Rollemberg
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