A divulgação, nesta terça-feira (11), da lista de políticos e demais investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) provoca estragos em Brasília. Além da interrupção dos trabalhos na Câmara e no Senado, em um abrupto movimento de debandada do Congresso à vésperas da Semana Santa, a relação de inquéritos ameaça os planos do governo de aprovar projetos considerados cruciais para o ajuste fiscal pretendido pelo governo Michel Temer, como a reforma da Previdência.
Leia também
No material abaixo, oficialmente em tramitação no STF depois de investigação preliminar da Procuradoria-Geral da República (PGR), são especificados os nomes dos investigados e os respectivos inquéritos ou petições de mudança de instância judicial – por não terem mais direito a foro privilegiado (julgamento restrito ao STF), os ex-presidentes da República Lula, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso, os ex-prefeitos Fernando Haddad (SP) e Eduardo Paes (RJ), e pessoas físicas ou jurídicas como o ex-ministros José Dirceu, o ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo Filho, o ex-deputado Eduardo Cunha e até a “Linha 2” do Metrô de São Paulo, por exemplo, serão investigados em outras instâncias da Justiça.
O presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), por exemplo, é investigado em cinco inquéritos. Outra figura de proa da política nacional, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi delatado por três ex-executivos da Odebrecht e pode ser enquadrado pelos crime de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
Dois inquéritos e 25 petições foram mantidas em sigilo. Sete arquivamentos e três outras petições para determinar a devolução dos autos à PGR foram determinados, com retirada de sigilo para esses casos. Também foi determinado o retorno à PGR, para nova manifestação e com retirada de sigilo, outros oito inquéritos. Confira abaixo a relação completa.
Problemas em visualizar ? Clique aqui
* Colaborou Lúcio Batista