Mensalão: entenda o que está em julgamento
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Como Ayanna Tenório, ex-vice-presidenta do Banco Rural, já tinha sido absolvida pelos ministros da acusação de gestão fraudulenta pelos empréstimos feitos às agências SMP&B e DNA Propaganda e ao PT, Lewandowski fez uma breve menção a ela. Disse que já há um “certo consenso” de que ela não tinha especialização na área financeira e tinha pouco tempo de empresa quando os créditos foram renovados. “Ela deve ser inocentada desta acusação”, disse.
No caso envolvendo Ayanna, ele concordou com o relator. No entanto, abriu uma divergência logo depois ao votar no caso de Geiza Dias, ex-secretária da SMP&B. Por causa disso, ele e Barbosa chegaram a discutir em plenário, rompendo a trégua que já durava algumas semanas. O revisor afirmou que é preciso analisar a situação e a atuação de cada pessoa no mensalão. “Trata-se de uma situação especialíssima, distante das demais situações. Essa senhora não teve nenhuma participação”, afirmou.
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Para o revisor, Geiza se limitava a cumprir as ordens de Simone Vasconcellos, ex-diretora da SMP&B. “Ela jamais foi alçada à condição de gestora. No fundo, ela era uma simples secretária”, disse. Lewandowski acrescentou ainda que, ao contrário da sua chefe imediata, a secretária não manteve contato com os outros co-réus. “Quem pratica o crime de braqueamento de capitais faz isso às escondidas, não manda e-mail, não manda beijos”, disse, após citar e-mails trocados por Geiza com funcionários do Banco Rural.
Essa foi a primeira discordância de Lewandowski com o relator neste item, mas não é a primeira no julgamento inteiro. Enquanto o revisor votou pela absolvição do deputado João Paulo Cunha de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Barbosa entendeu que ele era culpado.Depois, no item 5, votou para absolver Ayanna Tenório e o ex-diretor e atual vice-presidente do Rural, Vinícius Samarane. Ele continua seu voto hoje, agora tratando dos diretores do banco.
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