Informações publicadas pelo jornal O Globo na manhã desta quinta-feira (21) mostram que, segundo Mônica, Mantega se reuniu com ela e indicou, mais de uma vez, executivos de empresas que deveriam ser procurados para que ela pudesse receber as contribuições em dinheiro, que não passaram por contas oficiais do PT e, por isso, não foram declaradas à Justiça Eleitoral.
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De acordo com a publicação, Mantega reconhece ter se encontrado com Mônica, mas nega a acusação.
A investigada também revelou que na disputa de 2014, pelo menos R$ 10 milhões teriam sido pagos a ela e a João Santana fora da contabilidade oficial. De acordo com o jornal, Mônica disse aos procuradores que os pagamentos via caixa 2 não teriam sido prática exclusiva da última eleição e ocorreram nas campanhas presidenciais pela eleição de Dilma (2010), e pela reeleição de Lula (2006), além das campanhas municipais de Fernando Haddad (2012), Marta Suplicy (2008) e Gleisi Hoffmann (2008).
O jornal divulgou que no depoimento Mônica aponta a empreiteira Odebrecht como responsável por suprir a campanha de Dilma em 2014 com R$ 4 milhões em dinheiro, não registrados nas contas oficiais. Os valores teriam sido entregues diretamente para ela e usados para pagar fornecedores na área de comunicação. A proximidade com a empreiteira e as confissões feitas aos procuradores deram novo sentido às anotações do celular do executivo Marcelo Odebrecht citadas em relatório da Polícia Federal (PF).
Produzido em junho do ano passado, o documento mostra que em uma nota o empresário registrou a sigla “GM” ao lado de um número de celular. A reportagem do Globo explica que, ao ligar para o telefone, Mantega atendeu. O advogado do ex-ministro, José Roberto Batochio, disse não reconhecer a sigla como menção a seu cliente.
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