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Baiano é um dos colaboradores das investigações da Lava Jato que confirmam o valor da propina paga a Cunha – US$ 5 milhões, segundo os depoimentos sob delação premiada, regime de colaboração judicial que exige provas em troca de redução de pena dos investigados que a ele aderirem. Segundo a reportagem, Baiano garantiu que entregará provas do que diz à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República.
“Baiano contou a investigadores que tinha um celular exclusivo para falar só com determinadas pessoas sobre valores ilícitos. Entre elas, Eduardo Cunha. E que o presidente da Câmara atuou tão de perto que mandou até e-mail com uma tabela do que foi pago e do que ainda tinha que ser [pago]”, diz a reportagem de Camila Bomfim.
As informações foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para serem anexadas à denúncia contra Cunha já formalizada na corte. Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, acatar ou não a acusação – no primeiro caso, transformando o deputado em réu. A investigação deve avançar agora sobre as contas secretas que, segundo o Ministério Público da Suíça, Cunha manteve para movimentar dezenas de milhões de dólares em dinheiro desviado da Petrobras.
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