O empresário Joesley Batista, um dos donos do Grupo J&F (controlador da JBS), presta depoimento à Polícia Federal (PF), em Brasília, desde o início da manhã desta quarta-feira (21). Joesley é o responsável pelo fato de o presidente Michel Temer e seu aliado Rodrigo Rocha Loures estarem sob investigação por corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF), na condição de um dos principais delatores da JBS no âmbito da Operação Lava Jato. No entanto, o depoimento desta manhã é para esclarecer supostas irregularidades nos contratos firmados entre o frigorífico JBS e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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O depoimento está em curso no âmbito da Operação Bullish, deflagrada em 12 de maio para investigar fraudes e irregularidades em aportes ao grupo concedidos pelo BNDES. Na ocasião, Joesley não prestou depoimento porque estava fora do país.
De acordo com a PF, houve suposto favorecimento ao grupo JBS, que atua no ramo de processamento de proteínas, e envolveu – considerando todas as operações realizadas – cerca de R$ 8,1 bilhões. Os aportes ocorreram entre 2007 e 2011. Conforme suspeitas dos investigadores, há indícios de que o banco público tenha acumulado prejuízo de R$ 1,2 bilhões com as operações envolvendo o frigorífico.
Quando a operação foi deflagrada, Joesley já havia firmado acordo de colaboração com o Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato. Joesley gravou conversa com o presidente Michel Temer, em encontro no Palácio do Jaburu, no qual o presidente avaliza uma série de ilícitos de Joesley, entre eles o pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao operador financeiro do PMDB Lúcio Funaro.
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