As acusações contra os integrantes da cúpula do PMDB são baseadas em depoimentos prestados pelo ex-senador Delcídio do Amaral e por Luiz Carlos Martins, da construtora Camargo Corrêa. Janot pediu que os quatro sejam incluídos no inquérito que tramita no STF que já apura a suspeita de participação do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, com irregularidades na usina.
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Em seu acordo de delação premiada, Delcídio informou que ex-ministros operaram um esquema de desvio de recursos das obras de Belo Monte, em que pelo menos R$ 30 milhões em propina foram para os cofres do PT e do PMDB.
Os ex-ministros citados por Delcídio foram Erenice Guerra, Silas Rondeau e Palocci. Segundo o ex-senador, eles movimentaram aproximadamente R$ 25 bilhões e desviaram pelo menos R$ 45 milhões dos cofres públicos para as campanhas do PT e PMDB em 2010 e 2014. Delcídio ainda disse que o grupo de Renan, Raupp, Jucá e Barbalho formava uma forte frente de influência no governo, como no Ministério de Minas e Energia, Eletrosul, Eletronorte, diretorias da Petrobras e usinas de Jirau e Belo Monte.
No pedido de abertura de inquérito, Janot argumenta que as informações dos delatores podem configurar crime de corrupção passiva. Os senadores e o ministro negam qualquer envolvimento com os desvios de recursos.
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