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“O país só tem a ganhar com essa decisão. Esse é um gesto de altivez”, afirmou a presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Para ela, Dilma só deveria voltar a visitar os EUA quando seus representantes prestarem esclarecimentos convincentes sobre a prática de espionagem. A senadora disse não acreditar em um pedido de desculpas por parte dos americanos.
Já o senador Walter Pinheiro (PT-BA) entende que o Brasil precisa investir em sistemas de proteção da informação. Ainda assim, o senador da base aliada concordou com a decisão de Dilma. “A não ida significa uma afirmativa do Brasil. A decisão dela está baseada em informações que não foram prestadas por eles. Isso é uma postura em defesa da soberania, mas é importante dar outros passos como em relação à defesa do país. Já que a vulnerabilidade do Braisl está além-fronteira”, disse.
Líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse esperar pela decisão de Dilma. Para o petista, ela já tinha mostrado sua contrariedade em público. Na visão dele, as respostas dos norte-americanos foram, no máximo, “de amizade”. Chinaglia acredita que o cancelamento mostra a insatisfação do governo com a situação. “É minha opinião para não colocar o país numa situação de uma relação subalterna”, afirmou.
“A presidenta está correta, tem nosso apoio e solidariedade, ela foi uma mestra nessa ação. O telefonema de ontem não resolveu o problema, então ela suspende a viagem e enquanto isso o dialogo prossegue”, disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).
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