O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) vai tentar salvar o mandato parlamentar e evitar a cassação já pedida pelo Conselho de Ética e à espera de definição final no plenário da Câmara. Os seus aliados pretendem anular todo o processo e reiniciar o julgamento. A alegação é que houve falha na análise das contra provas apresentadas por Cunha no colegiado. Um dos mais íntimos amigos de Cunha, o deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), apresentou na Comissão de Constituição e Justiça um parecer pedindo a anulação da decisão do conselho de Ética. A decisão final da CCJ ocorrerá na próxima semana.
Cunha foi acusado de ter mentido à CPI da Petrobrás ao negar que tinha contas não declaradas em paraísos fiscais no exterior. Ele nega até hoje que as contas sejam suas. O deputado é réu em dois processos em tramitação no Supremo Tribunal Federal por seu envolvimento na Operação Lava Jato. Sua mulher Cláudia Cruz também é ré em processos correlatos, mas responde na primeira instância do caso e a cargo do juiz Sergio Moro, do Paraná. A filha de Cunha, Danielli, também é investigada como beneficiária das contas de Cunha no exterior.
Cunha tem sido aconselhado por seus aliados a renunciar há pelo menos 15 dias. Chegou a conversar sobre o assunto com o presidente interino Michel Temer, em reunião no Palácio do Jaburu, mas não se decidiu. Ele não pode exercer o mandato e nem comparecer à Câmara para conversar com seus colegas por decisão do Supremo Tribunal Federal. Com a renúncia ao cargo, Cunha terá 30 dias para deixar a residência Oficial da Câmara e perderá as regalias como segurança especial e carro oficial
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